Se você ainda não foi, em algum momento da vida irá planejar uma viagem à Argentina. Nossa querida vizinha tem sua capital, Buenos Aires, como a terceira cidade escolhida pelos brasileiros para passear. Ela fica atrás somente de Orlando e Nova York, nos Estados Unidos.
Não é por acaso que a Argentina atrai tanto os brasileiros. O país é bem próximo de nós, geograficamente falando, o que resulta em possíveis road trips. Sem contar a maior facilidade em encontrar promoções de voos. Além disso, o câmbio – quase sempre – nos favorece, raridade em tempos de dólar a quase R$ 4.
Entre nós e os queridos hermanos, a distância pode ser pouca, mas as opções de turismo são muitas. Durante a sua viagem à Argentina, você pode fazer compras em Buenos Aires e conhecer Ushuaia, o famoso fim do mundo. Pode também mergulhar na história de San Ignacio Mini e suas missões jesuíticas, por exemplo.
Se for à capital, não deixe de visitar estas seis imperdíveis atrações em Buenos Aires.
Planeje sua viagem à Argentina
Visto
Brasileiros não precisam de visto para entrar no país. O tempo de permanência é de até 90 dias.
Documentos
Brasileiros podem apresentar o passaporte ou a carteira de identidade, desde que ela esteja em bom estado de conservação. O documento também precisa ter sido emitida há, pelo menos, dez anos.
O seguro viagem não é obrigatório, mas sempre recomendado. Se você tem um plano de saúde no Brasil, mas se ele não cobre gastos médicos no exterior, é importante contar com um seguro de viagem que cubra eventuais gastos de saúde durante sua viagem à Argentina.
Vacinas
De acordo com a Anvisa, brasileiros não são obrigados a se vacinar contra febre amarela para visitar a Argentina.
Dinheiro
O peso argentino, representado pela sigla ARG, é a moeda local. Para sua viagem à Argentina, leve dólar e troque nas casas de câmbio.
Fuso horário
A Argentina fica toda em um mesmo fuso, por isso, se for viajar dentro do país, não se preocupe com o relógio. Do final de outubro até março, a diferença é de uma hora a menos que o horário oficial de Brasília. De abril até o início de outubro, não existe diferença entre os horários dos dois países.
Língua
O idioma oficial da Argentina é o espanhol. Mas, existem algumas variações, chamado de castelhano pelos locais. O inglês é a segunda língua mais falada no país. Para nós, brasileiros, um bom portunhol e a boa vontade dos locais vai ser o suficiente.
Clima
O clima na Argentina é, em sua maioria, temperado, podendo haver variações de acordo com as regiões. Durante o verão – dezembro a fevereiro – o clima é bem parecido com o do Brasil. Em Buenos Aires, os termômetros podem passar dos 30 graus, lembrando muito o calor do Rio de Janeiro. Já em Bariloche e Ushuaia, cidades mais frias, as temperaturas não passam dos 20 graus no verão.
Mesmo com estações que acompanham as do Brasil, durante o inverno a Argentina pode ficar bem fria. Na maioria das cidades do país as temperaturas ficam abaixo de zero, até em dias ensolarados.
Segurança e Saúde
Saúde
Os hospitais públicos argentinos atendem a estrangeiros, mas, assim como no Brasil, os hospitais particulares são melhores. Por isso, para sua viagem à Argentina é aconselhável contratar um seguro viagem e garantir um melhor atendimento.
Consulte e compare os preços do seguro viagem.
Segurança
Viajar para qualquer lugar muito turístico exige atenção e certas medidas preventivas. Evite ostentar joias, relógios caros e máquinas fotográficas avantajadas, isso chama a atenção de oportunistas em qualquer parte do mundo.
Na Calle Florida, a rua preferida dos brasileiros que querem fazer compras em Buenos Aires, é muito comum a ação de batedores de carteiras e bolsas. Por isso, você deve ficar esperto e jamais se desgrudar de suas sacolas.
De forma geral, a regra é ter os mesmos cuidados que você teria em qualquer grande cidade brasileira.
Terrorismo
Apesar de incidentes do passado, atualmente, ameaças de ataques terroristas são praticamente inexistentes na Argentina.
Drogas
Vender, cultivar ou transportar maconha na Argentina é ilegal. O uso da erva para fins medicinais é aceito, mas ainda não é protegido por lei. Se você estiver em posse de cinco gramas ou menos, não será preso, mas os policiais provavelmente irão lhe abordar se estiver fumando nas ruas das grandes cidades do país.
Vida gay
A capital, Buenos Aires, é considerada o melhor destino gay da América Latina, e 20% do lucro turístico da cidade é proveniente do público GLBT. Isso porque a cidade combina uma sociedade liberal com bairros charmosos, galerias de arte e uma vida noturna que não para nem durante a semana.
O país tem orgulho de chamar atenção do público gay e, desde 2012, até mesmo estrangeiros podem trocar votos na capital.
Comida
Assim como outros países da América Latina, a Argentina marca sua culinária por uma mistura do passado de colônia. Aqui, o turismo gastronômico é uma atração à parte, com traços da cozinha alemã, inglesa, portuguesa e espanhola. Uma explosão de sabores que resulta em pratos típicos deliciosos.
Um dos mais famosos não é bem um prato. O alfajor é um doce argentino que já conquistou o mundo inteiro e, durante a sua viagem à Argentina, é indispensável experimentar os mais tradicionais.
Assim como nós, brasileiros, os argentinos têm o bom e velho churrasco, que para eles é chamado de asado. A versão deles varia um pouco no sal e nos acompanhamentos que, ao invés de farofa e arroz, eles combinam com batatas fritas e legumes grelhados.
Para quem gosta de carne, há, ainda, o bife de chorizo, um corte macio de contrafilé muito consumido no país.
Outro prato que não vai ficar de fora da sua viagem são as famosas empanadas. Elas também são famosas no Chile, Peru, Uruguai, Colômbia e Espanha, tendo variações de acordo com a região e podendo ser doce ou salgada.
Hospedagem
A Argentina é um destino com muitas opções de regiões para visitar, por isso, a sua hospedagem vai depender das cidades em que você ficar.
A capital, por exemplo, tem opções para todos os gostos e bolsos. A Recoleta é um bairro nobre, com ruas charmosas e muitas lojas. Não é preciso gastar muito para ficar aqui, já que, na Argentina, uma boa opção de hospedagem é alugar um apartamento, ficando mais em conta e te deixando mais livre.
Outro bairro querido é o Palermo, que tem muitas lojas e uma vida noturna bastante animada. Aqui, você encontra uma enorme variedade de bares, restaurantes e boates.
Em Ushuaia, você não precisa se preocupar muito com hospedagem, já que a cidade é pequena e o importante é ficar perto do centro. Para garantir os melhores preços, reserve com antecedência.
Energia elétrica
A tensão elétrica na Argentina é de 220V, mas diferente das tomadas do Brasil em 220V, as argentinas são de 50hz, enquanto as nossas são de 60hz. Confuso, certo? Independente disso será necessário levar um adaptador, já que o padrão argentino é de dois orifícios cilíndricos em diagonal e um chato na vertical.
Internet
A maioria dos lugares, como hotéis, cafés e restaurantes, tem internet sem fio disponível para uso, o que é muito cômodo.
Transporte público
Aeroportos
A Argentina tem 40 aeroportos espalhados pelo país. Existem voos diretos saindo do Brasil para as principais cidades, de onde você pode fazer escala para as regiões menores ou mais distantes. A principal companhia área é a Aerolineas, que faz voos internacionais, inclusive para o Brasil.
Ônibus
Viajar de ônibus pode ser uma opção mais econômica. Durante a sua viagem à Argentina, escolhe o ônibus é uma vantagem, já que eles chegam aos cantos mais remotos do país e, com certeza vai ficar mais em conta do que alugar um carro para ir a lugares muito longe. No geral, as estradas são boas e a paisagem é um turismo a parte.
As principais empresas de ônibus da Argentina são a Andesmar, Chevallier, El Rápido International, Via Bariloche e a Crucero Del Norte.
Trem
Uma opção um pouco nostálgica, usar o trem na Argentina é menos comum, mas pode ser um programa interessante e é barato, bem barato. Por ter um preço mais em conta, as passagens acabam rápido, por isso compre com antecedência. Viajando de trem você demora mais tempo para chegar aos lugares, o que pode ser bom para quem prefere um ritmo lento e vai aproveitar a paisagem, ou ruim, para quem tem pressa e poucos dias.
Mesmo que viajar de trem pareça algo charmoso e turístico, não é bem o caso aqui. Os trens são, em sua maioria, simples e confortáveis, mas o sistema ferroviário não é dos melhores. Além disso, os destinos são limitados.
Transporte público
A rede de metrô de Buenos Aires foi a primeira a funcionar na América do Sul e é muito boa. Em grandes cidades, o metrô é sempre uma boa opção.
Você ainda pode usar táxis, que estão em toda parte e, ao contrário do que estamos acostumados, são baratos e acabam sendo a melhor opção para se locomover. Porém, tome alguns cuidados como, utilizar sempre veículos de frota e fique de olho na hora de pagar. Sempre olhe para o motorista e diga qual o valor em espécie você está entregando a ele. Isso tem uma razão: alguns motoristas trocam a sua nota e dizem que a que você o entregou é falsa. Há casos em que ele deixa o dinheiro cair no chão do carro e pega uma nota falsa para lhe repassar.
Ainda existe a opção de usar os ônibus locais que, em sua maioria são bem confortáveis, exceto em horário de pico. Mas, saiba que, apenas os ônibus intermunicipais aceitam passagem em dinheiro, fora isso, você precisa ter a tarjeta Sube, um cartão que custa ARS 25 e pode ser usado em ônibus, metrôs, trens e pedágios.
Outra opção é usar o Uber, que funciona bem na maioria das cidades.
Aluguel de carro
O aluguel de carro na Argentina é um dos mais baratos do mundo. Para conseguir os preços mais baixos é preciso reservar com antecedência, pela internet, aqui do Brasil mesmo. Os preços variam muito, e as locadoras vivem fazendo promoções. Então, pesquise bastante antes de fechar o negócio.
Viajar de carro te dá uma liberdade maior, e muitas pessoas exploram diferentes regiões, como Buenos Aires, Bariloche, Córdoba e Mendoza porque optaram pelo carro.
Informações Básicas
Visto
Brasileiros não precisam de visto para entrar e permanecer no país por até 90 dias. Esse prazo pode ser prorrogado por mais 90 dias.
Documentos
Brasileiros podem apresentar o passaporte ou a carteira de identidade, desde que tenha sido emitida há menos de dez anos.
Dinheiro
O peso argentino, identificado pela sigla ARG, é a moeda nacional. Para sua viagem, leve reais ou dólares.
Vacinas
Nenhuma vacina específica é obrigatória, independentemente do motivo da viagem.
Informações sobre covid-19
Desde de 1º de setembro de 2022, não há mais restrições ou requisitos de entrada na Argentina relacionados à pandemia de covid-19.
Seguro viagem
Apesar de não ser obrigatório, viajar para a Argentina sem o seguro viagem não e uma boa ideia. Sem ele, você poderá ter que pagar caro, caso precise de uma consulta médica ou de atendimento hospitalar.
Ter um seguro viagem é ainda mais importante se você for viajar para áreas mais remotas do país, como a Patagônia e o norte argentino – na região de Jujuy e Salta, muitas pessoas se sentem mal por causa da altitude.
Além disso, o custo de um seguro viagem é menor do que se costuma pensar e ele garante que você terá atendimento em casos de emergências médicas comuns, como acidentes de trânsito, intoxicações alimentares, acidentes vasculares e infartos cardíacos, por exemplo.
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Eu sempre uso a plataforma da Seguros Promo para comparar valores antes de fazer a compra. Eles têm um suporte muito eficiente e preços sempre muito bons.
O plano TRAVEL ASSIST 30 AM. LATINA +COVID-19 tem cobertura médica e hospitalar de até USD 30.000 e um custo-benefício muito bom: ele é um dos preferidos dos viajantes.
O GTA 9 SLIM AMÉR. LATINA é um dos seguros mais baratos, mas ele só tem USD 9.600 de despesas médicas e hospitalares.
O meu preferido é o AC 35 MUNDO COVID-19 (Exceto EUA), que é super completo e tem cobertura de assistência médica e hospitalar de até USD 35.000.
Veja mais dicas da Argentina
Ficou mais fácil planejar sua viagem? Se tiver alguma dúvida, deixe sua pergunta nos comentários que eu respondo.
Se preferir, pode falar comigo no Instagram: @altiermoulin. Agora, aproveite para ver outras dicas da Argentina.
Respostas de 4
Que maravilha, Reiner.
Deve ter sido uma experiência e tanto.
Um abraço.
Que lugar fantástico.
Tivemos o privilégio de ir até o Fim do mundo de carro no início de janeiro de 2020. Foram mais de 13.000km em 30 dias.
Vale muito a pena ir.
Oi, Aldino.
Primeiro, muito obrigado por ler e comentar aqui.
Claro que quero saber mais sobre suas viagens. Mande, por favor, um email com suas ideias para: contato@penaestrada.blog.br.
Um abraço.
Altier. Já li várias postagens tuas. São ótimas e contribuem muito para os que gostam de viajar. Faço viagens de carro a Argentina há mais de 10 anos. Estive nas capitais e alguns pontos mais turísticos de todas as 23 províncias. Normalmente viajo em dezembro e festejo a passagem de ano . É uma época em que os preços aumentam muito, mas é período de férias, então não tem outro jeito. As rodovias são espetaculares. Já fiz vários trechos da ruta 40, em alguns deles a estrada é de chão ( ripio) , mas perfeitamente transitável. Os circuitos mais lindos estão na Patagônia, entre eles, o de Los Siete Lagos. San Martin e los Andes, Villa la Angostura, Bariloche. Se interessar posso encaminhar algumas viagens para o teu e-mail. Moro em Chapecó/SC. Um abraço.