Atualizado em 27 de outubro de 2020
Primeiro, preciso dizer que este texto não tem a pretensão de lhe desanimar, de frustrar seus planos ou de denegrir a imagem de qualquer lugar que visitei. Eu resolvi escrever um pouco sobre porque não gostei da China, pois é muito normal que as pessoas contem e compartilhem apenas o lado bom de uma viagem. Mas, no mundo real, as coisas não são exatamente assim.
Tudo começou porque eu não escolhi a melhor época para visitar o país.
Cheguei no começo do inverno e as temperaturas baixas me castigaram – logo eu que detesto frio. Então, por que eu fui parar na China no inverno? Simplesmente, porque vi uma promoção de passagem aérea realmente muito boa e resolvi arriscar.
Agora, eu apreendi a lição e mostro isso em: Quando ir a Pequim.
Além disso, eu já deixei o Brasil meio gripado, com a garganta ruim e a respiração pesada. Chegar assim a um dos países onde a poluição do ar é uma realidade absurdamente perigosa só piorou meu estado e tudo acabou se complicando.
Doente, com frio e fome
Com frio e doente, ainda tinha a diferença de fuso de 12 horas no relógio, que me fez trocar o dia pela noite nos primeiros cinco dias – algo que nunca tinha acontecido comigo.
As coisas só pareciam piorar quando eu procurava algo para comer. Nada me agradava, nada me parecia apetitoso e, assim, tentei sobreviver com o que achava numa esquina li e acolá: eu havia me proposto a não ir a restaurantes internacionais ou às famosas redes de fast food – McDonalds e Pizza Hut, por exemplo.
Eu estava na China e queria comer como eles – mesmo sabendo que eles comem até cachorro -, mas não consegui. É que, realmente, achei tudo muito ruim, como já mostrei em: Onde e o que comer em Pequim.
Aliás, não foi só na hora de comer que eu percebi a gritante diferença cultural que encontramos aqui. Para ir ao banheiro, acontece a mesma coisa: na Muralha da China, por exemplo, não há vaso sanitário e a pia nem torneira tem. Lavar as mãos para que, né?
E, olha, eu tinha preparado o roteiro, estudado tudo e já imaginava o que iria encontrar. Mas, nada poderia controlar a forma como eu reagiria a tudo isso.
Não gostei da China
Para complicar ainda mais, o chinês não fala inglês. Na maioria dos restaurantes, o cardápio e os preços estão no idioma local. Nas lojas, os vendedores não compreendem o que falamos. Nas farmácias, pior ainda: eu ri muito com uma atendente fazendo mímica para me explicar como tomar um chá para garganta.
E se você está pensando que isso não acontece em grandes hotéis, está enganado.
Me lembro que, quando cheguei a Pequim, tive dificuldade para encontrar meu hostel. Depois de pedir ajuda a várias pessoas na rua – isso porque eu tinha levado o endereço em chinês para mostrar a elas -, resolvi entrar num hotel grandão, desses de rede, para pedir ajudar.
Para minha infelicidade, havia oito profissionais da recepção do hotel e nenhum deles falava inglês. Tiveram que chamar o gerente para me ajudar.
Então, pense comigo: se em Xangai e em Pequim eu tive dificuldade para me comunicar com os chineses, imagina como seria nas cidades menores do interior do país.
Eu não fiquei para saber: antecipei meu voo e voltei para casa mais cedo. Um dia, quem sabe, retorne. Mas, desta vez, eu não gostei da China.
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