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Não gostei da China: perrengues que me fizeram desistir do país

Atualizado em 8 de janeiro de 2024 – POR ALTIER MOULIN

Por que não gostei da China

Primeiro, preciso dizer que este texto não tem a pretensão de lhe desanimar, de frustrar seus planos ou de denegrir a imagem de qualquer lugar que visitei. Eu resolvi escrever um pouco sobre porque não gostei da China, pois é muito normal que as pessoas contem e compartilhem apenas o lado bom de uma viagem. Mas, no mundo real, as coisas não são exatamente assim.

Tudo por causa de uma passagem

Tudo começou porque eu não escolhi a melhor época para visitar o país.

Cheguei no começo do inverno e as temperaturas baixas me castigaram – logo eu que detesto frio. Então, por que eu fui parar na China no inverno? Simplesmente, porque vi uma promoção de passagem aérea realmente muito boa e resolvi arriscar.

Agora, eu apreendi a lição e mostro isso em: Quando ir a Pequim.

Além disso, eu já deixei o Brasil meio gripado, com a garganta ruim e a respiração pesada. Chegar assim a um dos países onde a poluição do ar é uma realidade absurdamente perigosa só piorou meu estado e tudo acabou se complicando.

Doente, com frio e fome

Com frio e doente, ainda tinha a diferença de fuso de 12 horas no relógio, que me fez trocar o dia pela noite nos primeiros cinco dias – algo que nunca tinha acontecido comigo.

As coisas só pareciam piorar quando eu procurava algo para comer. Nada me agradava, nada me parecia apetitoso e, assim, tentei sobreviver com o que achava numa esquina li e acolá: eu havia me proposto a não ir a restaurantes internacionais ou às famosas redes de fast food – McDonalds e Pizza Hut, por exemplo.

Porque não gostei da China

Eu estava na China e queria comer como eles – mesmo sabendo que eles comem até cachorro -, mas não consegui. É que, realmente, achei tudo muito ruim, como já mostrei em: Onde e o que comer em Pequim.

Porque não gostei da China

Aliás, não foi só na hora de comer que eu percebi a gritante diferença cultural que encontramos aqui. Para ir ao banheiro, acontece a mesma coisa: na Muralha da China, por exemplo, não há vaso sanitário e a pia nem torneira tem. Lavar as mãos para que, né?

E, olha, eu tinha preparado o roteiro, estudado tudo e já imaginava o que iria encontrar. Mas, nada poderia controlar a forma como eu reagiria a tudo isso.

Não gostei da China

Para complicar ainda mais, o chinês não fala inglês. Na maioria dos restaurantes, o cardápio e os preços estão no idioma local. Nas lojas, os vendedores não compreendem o que falamos. Nas farmácias, pior ainda: eu ri muito com uma atendente fazendo mímica para me explicar como tomar um chá para garganta.

E se você está pensando que isso não acontece em grandes hotéis, está enganado.

Me lembro que, quando cheguei a Pequim, tive dificuldade para encontrar meu hostel. Depois de pedir ajuda a várias pessoas na rua – isso porque eu tinha levado o endereço em chinês para mostrar a elas -, resolvi entrar num hotel grandão, desses de rede, para pedir ajudar.

Para minha infelicidade, havia oito profissionais da recepção do hotel e nenhum deles falava inglês. Tiveram que chamar o gerente para me ajudar.

Então, pense comigo: se em Xangai e em Pequim eu tive dificuldade para me comunicar com os chineses, imagina como seria nas cidades menores do interior do país.

Eu não fiquei para saber: antecipei meu voo e voltei para casa mais cedo. Um dia, quem sabe, retorne. Mas, desta vez, eu não gostei da China.

Informações Básicas

Visto

Brasileiros precisam de visto para entrar no país. Veja como solicitar o visto para China.

Documentos

Você precisa apresentar o passaporte com, no mínimo, seis meses de validade.

Dinheiro

A moeda nacional é o yuan renminbi, identificada pelas siglas CNY e RMB, e pelos símbolos ¥, 元  e 角, em chinês.

Vacinas

A vacinação contra febre amarela é obrigatória. Saiba como solicitar o certificado pela internet.

Informações sobre covid-19

Desde de 30 de agosto de 2023, todos os passageiros que partem do Brasil para a China estão isentos de realizar o teste TR-PCR ou de antígeno antes do embarque. Também não é necessário comprovar vacinação contra covid-19.

Seguro viagem

Nem todos os países têm um sistema de saúde público e gratuito. Na verdade, na maioria deles, viajantes estrangeiros não têm acesso a assistência médica gratuita. Por isso, é muito importante ter o seguro internacional de saúde – também chamado de seguro viagem. No caso da Bolívia, o  seguro viagem passou a ser obrigatório  depois da pandemia de covid-19.

O custo de um seguro viagem é menor do que se costuma pensar e ele garante que você terá atendimento em casos de emergências médicas comuns, como acidentes de trânsito, intoxicações alimentares, acidentes vasculares e infartos cardíacos, por exemplo.

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O seguro mais barato é o MTA 30 Mundo (exceto EUA) +Telemedicina Albert Einstein, que também tem cobertura de assistência médica e hospitalar de até USD 30.000.

Veja mais dicas da China

Ficou mais fácil planejar sua viagem? Se tiver alguma dúvida é só deixar sua pergunta nos comentários que eu respondo.

Se preferir, pode falar comigo no Instagram: @altiermoulin. Agora, aproveite para ver outras dicas da China.

SOBRE O AUTOR

COMENTÁRIOS

26 respostas

  1. Oi, Leila.
    Acho que é um problema que se reflete em vários lugares do Brasil.
    Eu fiquei assustado com o caso da China.
    Um abraço.

  2. Curioso a questão do inglês, aqui em Bhte-MG os brasileiros não falam inglês nem no aeroporto, ter fluência nunca me ajudou a conseguir emprego, mesmo na área do turismo onde iniciei uma graduação, ou mesmo TI; os entrevistadores sempre escolhiam experiência em detrimento do inglês, os empresários têm a mente muito atrasada aqui em MG.

  3. São muitos os blogs que falam de viagem mas são poucos que não recomendariam um determinado lugar para se visitar. Saber que viajar não sempre gostar de tudo é reconfortante dado que não somos obrigados a adorar uma cidade só porque temos dinheiro no bolso com um prazo para voltar.

    Fiquem com Deus

  4. Oi, Roger.

    Rapaz, foi uma sensação bem ruim. Um conjunto de coisas que me desgastaram e me deixaram sem vontade permanecer no país.
    Mas, ainda penso em voltar lá. Não sei quando. 😉

    Um abraço.

  5. Olá amigo!

    Não me estranha ler o teu post. Eu também passei apertado em alguns locais da China. A exceção foi a cidade de Shenzhen. Lá eu finalmente consegui me alimentar antes de atravessar a ponte para Hong Kong.

    Sinceramente eu tirei a China do meu roteiro de viagens. Lá para mim não dá!

  6. Olá Altier achei muito interessante saber um pouco mais sobre a China. Seu relato e seu ponto de vista foram muito sinceros gostei basstante. Existem boas lojas de compras de enfeites e coisas em geral, eletrônicos etc.? Outra curiosidade você viaja sozinho? Eu sempre quis ter coragem pra viajar sozinha acho que deve ser uma experiência incrível.

  7. Olá Dyanna.
    Eu fui para a China em Abril, fiquei poucos dias em Pequim e Xangai. Realmente é complicado a questão do idioma, eu passei mal por causa da comida. Entendi perfeitamente quando o Altier disse que parece que as coisas estão fora do lugar rsrsrs. Mas em resumo eu amei a China voltaria novamente. Reservei meus passeios por esse site e deu tudo certo. Eles me pegaram e me deixaram no hotel.

  8. Compreendo o que sentiu, acabei por passar algo semelhante na Tailandia, todo o mundo a falar maravilhas e chego lá e… não gostei. Quem sabe um dia focado noutras coisas voltarei. Quanto à China está nos planos para 2019, depois conto a experiencia

  9. Confesso que me bateu um frio na barriga ao ler isso. Planejei um mochilão de 31 dias para a China em julho de 2019. Meu foco não são as maiores cidades, mas os parques nacionais como Jiuzhaigou e Zhangjiaje. Além disso, ficarei em varias cidades mais centrais como Chengdu, Fenghuang, Yinching. Estou tendo muita dificuldade em relação aos tours. Consegui contato de guias locais que demoram muito para responder. Você tem alguma dica em relação a passeios? Consigo fechá-los lá ou é melhor garantir os pacotes pelos sites daqui mesmo? Obrigada pelas publicações. Li varias do seu blog!

  10. Isso mesmo, Rozembergue.
    O ideal é ter as próprias conclusões.
    Eu nunca deixo de ir a um lugar apenas por causa das referências que ouço ou leio.
    Elas são importantes apenas para me dar outra visão das coisas, mas nada se compara ao fato de viver as próprias experiências.

    Um abraço.

  11. Não imaginava que tivesse acontecido isso. Foi grave mesmo, a ponto de você antecipar o voo (imagino a fortuna que pagou).
    Eu, depois de 35 países, ainda não me sinto “preparado” para a China, por isso ela nunca esteve nos meus planos. Mas no futuro, precisarei ver isso tudo com meus próprios olhos para formar minha opinião sobre o país, seu povo e costumes.

  12. Altier,
    Lembro que quando você comentou que ia para China eu só pensei ‘único país que não tenho a mínima vontade de conhecer’

    Seu relato agora, só me deixou mais convincente disso…
    Nada parece interessante…

  13. Amo seus textos!! Muito bom como relata tudo. E só hoje descobri que tem como deixar um comentário por aqui ?. Tenho vontade de ir à China, e com certeza seus relatos ajudará como programar da melhor maneira.

  14. Texto bom de ler mesmo trazendo a experiência “negativa”. Embora eu iria provar de tudo a qualquer horário. Hehe adoro street food!

  15. Olá Altier, foi muito curioso ler este seu post, porque a China é, até agora, o único país onde eu digo que me cansei de viajar. Tal como você, não “culpo” o país – no meu caso, acho que fiz as escolhas erradas (passei muito tempo em grandes cidades). Mas qualquer dia tenho de regressar para fazer as pazes com a China.
    Grande abraço desde Portugal, e continuação de boas viagens para você.

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