Carolina, no Maranhão: conheça a cidade da Chapada das Mesas

Quem pensa em visitar a Chapada das Mesas quase sempre se depara com o nome Carolina, no Maranhão. E não é à toa. Essa cidadezinha às margens do Rio Tocantins é muito mais do que base para os passeios: é uma daquelas surpresas que só o Brasil é capaz de entregar.

→ Onde ficar na Chapada das Mesas

Rica em história, cercada por belezas naturais e cheia de gente acolhedora, Carolina é um destino que merece ser vivido com calma e atenção aos detalhes.

Neste texto, eu quero levar você comigo em uma viagem profunda por Carolina.

Vamos falar da origem da cidade, das suas atrações dentro e fora do perímetro urbano, do jeito de viver de quem mora na cidade e, claro, de tudo que você precisa saber para incluir esse pedaço especial do Maranhão na sua próxima aventura.

Um pouco da história de Carolina

Carolina foi fundada em 1809, em um momento em que a região começava a ser ocupada de forma mais estruturada por portugueses e seus descendentes.

Seu nome é uma homenagem à imperatriz Maria Leopoldina, esposa de Dom Pedro I, e a cidade logo se tornou um ponto estratégico para a navegação no Rio Tocantins. No século 19, Carolina era uma das mais importantes rotas comerciais do norte do Brasil.

Esse passado ainda está presente nas ruas da cidade.

O Centro Histórico de Carolina preserva diversos casarões coloniais, construídos com taipa e adobe, alguns com mais de 150 anos. A Igreja Matriz de São Pedro de Alcântara, inaugurada em 1844, também permanece de pé, sendo um dos pontos de referência da cidade.

Andar pelas ruas de Carolina é como fazer uma pequena viagem no tempo.

Onde fica Carolina

Carolina fica no extremo sul do Maranhão, bem na divisa com o Tocantins. Ela fica a 850 quilômetros de São Luís e a 222 quilômetros de Imperatriz, cidade mais próxima que tem o aeroporto com melhor infraestrutura para chegada de turistas.

→ Como chegar à Chapada das Mesas

O trajeto de Imperatriz até Carolina pode ser feito de carro — em cerca de 3h pela BR-010 — ou de ônibus, com saídas diárias pela empresa JR 4000.

A cidade também pode ser acessada a partir de Palmas, no Tocantins, por meio de estradas asfaltadas, em uma viagem de aproximadamente cinco horas.

O que fazer em Carolina

Com pouco mais de 24 mil habitantes, Carolina tem um ritmo de cidade pequena, onde todo mundo se conhece e o tempo parece passar mais devagar. O clima é quente o ano todo e o rio Tocantins ajuda a refrescar as tardes, seja com um banho, um passeio de barco ou apenas uma caminhada pela orla.

A cidade vive basicamente do turismo, da agricultura e do comércio local.

Nos últimos anos, com o crescimento da procura pela Chapada das Mesas, houve um aumento no número de pousadas, restaurantes e agências de turismo. Mas tudo ainda mantém um ar simples e acolhedor.

Muitos moradores trabalham diretamente com os visitantes, seja como guias, motoristas, barqueiros ou donos de estabelecimentos. E o orgulho em receber bem é algo que salta aos olhos. As conversas são fáceis, os sorrisos são frequentes e a hospitalidade é quase uma regra.

Carolina é o ponto de partida para alguns dos atrativos naturais mais bonitos do Brasil. Só que além dos passeios para fora da cidade, ela também guarda lugares especiais dentro de seus limites. Vamos por partes:

Portal da Chapada das Mesas

O Portal da Chapada das Mesas é, sem dúvida, um dos lugares mais emblemáticos de Carolina e um dos cenários mais fotografados de toda a região.

A aproximadamente nove quilômetros do Centro, o portal é uma impressionante formação rochosa esculpida naturalmente pela ação do vento e da chuva sobre os paredões de arenito avermelhado típicos do Cerrado.

A trilha é leve e acessível, com cerca de 300 metros de caminhada a partir do estacionamento. O trajeto é todo cercado por vegetação nativa, com ipês, cactos e outras plantas do bioma, criando um ambiente perfeito para quem curte caminhar com calma, observando os detalhes da paisagem.

Ao chegar ao mirante, a paisagem se abre de forma espetacular.

Entre as pedras que formam o portal — parecendo uma janela natural — é possível ver ao fundo o Morro do Chapéu, uma das formações mais características da Chapada das Mesas.

Se o céu estiver limpo, o visual é amplo e impressionante, com o Cerrado se estendendo até onde a vista alcança.

Mas o melhor horário para visitar o Portal é no fim da tarde. Quando o sol começa a cair, a luz dourada do entardecer transforma completamente a paisagem. As cores das rochas ficam mais intensas, o céu se pinta de tons alaranjados e rosados, e o silêncio do lugar convida à contemplação.

É daqueles momentos que ficam na memória por muito tempo.

Se puder, leve água, vá com sapato confortável e não tenha pressa. O Portal da Chapada das Mesas não é só uma parada bonita — é uma chance de ver a natureza em estado puro, emoldurada como uma obra de arte.

Complexo Pedra Caída

O Complexo Pedra Caída é um dos pontos turísticos mais estruturados de toda a região da Chapada das Mesas — e um verdadeiro paraíso para quem ama cachoeiras.

A cerca de 36 quilômetros do Centro, em direção à BR-230, o parque ocupa uma área enorme e tem uma combinação perfeita entre natureza selvagem e infraestrutura para o visitante aproveitar tudo com conforto.

Ao todo, são aproximadamente 25 cachoeiras, mas apenas seis são acessíveis por trilhas de diferentes níveis de dificuldade. Algumas exigem caminhadas curtas e tranquilas, enquanto outras pedem mais preparo físico.

Mas todas têm algo em comum: quedas d’água belíssimas, com poços para banho, formações rochosas incríveis e aquela sensação de estar em um refúgio natural.

A mais famosa do Complexo Pedra Caída é, sem dúvida, a Cachoeira do Santuário — e o nome faz jus à experiência. Para chegar até ela, o visitante percorre uma trilha de aproximadamente 600 a 800 metros, parte em passarelas de madeira e parte por dentro de um estreito cânion esculpido pela água ao longo dos séculos.

O cenário é quase mágico. As paredes do cânion, com cerca de 50 metros de altura, formam uma fenda que vai se estreitando até revelar a queda d’água, que despenca em linha reta de cerca de 46 metros. A luz natural entra suavemente por cima das rochas, refletindo na água e criando um jogo de sombras e cores que muda conforme o horário do dia.

Além das belezas naturais, o Complexo Pedra Caída se destaca pela infraestrutura: há restaurante com comida regional, banheiros, área de descanso, loja de lembranças, chalés para hospedagem e até uma tirolesa de 1.200 metros que cruza parte do parque, oferecendo uma vista panorâmica de tirar o fôlego.

O transporte interno também facilita bastante a vida de quem quer conhecer várias cachoeiras sem se cansar demais — ideal para quem viaja com crianças ou com pessoas com mobilidade reduzida. Dá para visitar tudo em um dia, mas o ideal é reservar pelo menos dois para aproveitar com calma.

Se você busca um passeio completo, com natureza impressionante e estrutura de qualidade, o Complexo Pedra Caída é uma parada obrigatória na sua passagem por Carolina.

Cachoeiras de São Romão e da Prata

Se você gosta de aventura, estrada de terra e paisagens que parecem intocadas, as cachoeiras de São Romão e da Prata vão fazer seus olhos brilharem.

Elas ficam dentro dos limites do Parque Nacional da Chapada das Mesas e são menos acessíveis que outras atrações da região — e justamente por isso, mais preservadas e selvagens.

A Cachoeira de São Romão é considerada a maior da Chapada em volume d’água. São mais de 25 metros de queda, com uma cortina poderosa que desaba em um poço largo, profundo e perfeito para banho.

A força da água impressiona, o barulho é hipnotizante e a sensação de estar em um lugar tão grandioso e isolado é difícil de descrever.

Dá até para passar por trás da queda, caminhando por entre as pedras — com muito cuidado, claro — e sentir a força da natureza de perto.

Já a Cachoeira da Prata impressiona com suas três quedas paralelas de cerca de 20 metros de altura, formando uma bela cortina d’água, especialmente na época das chuvas.

O ambiente é amplo e tranquilo, perfeito para relaxar, embora não tenha áreas específicas para deitar nas pedras com conforto — a correnteza é bem forte e é preciso se afastar um pouco da cachoeira para relaxar.

O acesso a ambas é feito por uma estrada de terra que pode variar muito de condição, dependendo do período do ano.

Em época de chuvas, trechos ficam enlameados e escorregadios, por isso um veículo 4×4 é essencial. A maioria dos turistas contrata o passeio com agências locais, que cuidam do transporte, levam guias experientes e ainda preparam um piquenique ou almoço simples na beira do rio — o que torna a experiência ainda mais gostosa.

É um passeio que toma o dia todo, com saídas logo cedo pela manhã e retorno no fim da tarde. Requer disposição, mas quem vai costuma dizer que foi o ponto alto da viagem. Afinal, São Romão e Prata não são apenas cachoeiras — são encontros intensos com a força bruta e encantadora do Cerrado brasileiro.

Morro do Chapéu

O Morro do Chapéu é uma daquelas presenças que dominam a paisagem e ficam na memória de quem visita a Chapada das Mesas.

Com cerca de 378 metros de altura, essa formação rochosa se destaca não só pela elevação, mas também pelo formato curioso que deu origem ao nome: seu topo achatado lembra um chapéu.

Dentro dos limites do Parque Nacional da Chapada das Mesas, o Morro do Chapéu é visível de vários pontos da região, mas um dos melhores lugares para observá-lo em toda a sua grandiosidade é o Portal da Chapada das Mesas.

Do mirante natural formado pelo portal, é possível ver o morro se erguer no horizonte como um verdadeiro guardião da paisagem, especialmente bonito no pôr do sol, quando as luzes douradas ressaltam os contornos das pedras.

Embora o acesso ao topo do Morro do Chapéu não esteja autorizado para trilhas turísticas, ele cumpre um papel importante na identidade visual da Chapada. É um marco geográfico, usado por guias para orientar o visitante, e um símbolo da beleza quase intocada do Cerrado maranhense.

Ele também representa bem o tipo de relevo que caracteriza a região: chapadas, morros e paredões esculpidos pela ação do tempo, com cores avermelhadas e vegetação resiliente crescendo entre as fendas da rocha. O Morro do Chapéu é imponente, misterioso e cênico — exatamente como a Chapada das Mesas deve ser.

Trilha do Morro das Figuras

A Trilha do Morro das Figuras é uma das joias mais discretas da Chapada das Mesas — e talvez por isso, uma das mais fascinantes.

Pouco conhecida pelos turistas que seguem apenas os roteiros tradicionais, essa trilha guarda um dos mais importantes sítios arqueológicos da região, com registros milenares que revelam um passado ainda pouco explorado.

O trajeto é leve e acessível, ideal para quem quer fazer uma caminhada tranquila, cercado por paisagens típicas do Cerrado: árvores retorcidas, cactos, gramíneas e formações rochosas que se erguem como esculturas naturais ao longo do caminho.

O ambiente tem aquele silêncio que só a natureza preservada oferece — perfeito para observação, contemplação e fotos incríveis.

O ponto alto da trilha é o paredão de arenito onde estão as inscrições rupestres, gravadas por povos ancestrais que viveram nessa parte do Maranhão muito antes da colonização portuguesa.

São desenhos simples, mas carregados de significado: figuras humanas, animais, símbolos e marcas que instigam a imaginação e conectam o visitante com um tempo remoto.

Além da riqueza histórica, o Morro das Figuras impressiona pela energia do lugar. É como se tudo ali tivesse parado no tempo — e de certa forma, realmente parou. Poucos lugares na Chapada oferecem uma fusão tão bonita entre patrimônio natural e cultural, com acesso ainda pouco explorado.

Para fazer o passeio com segurança e aproveitar ao máximo a experiência, o ideal é ir com um guia local que conheça bem o trajeto e possa contextualizar as inscrições. É uma excelente escolha para quem busca algo autêntico, silencioso e profundamente conectado à história da terra.

Rio Tocantins e a orla de Carolina

Se depois de tantas trilhas, cachoeiras e estradas de terra você quiser desacelerar um pouco, o Rio Tocantins é o lugar certo para isso. Cortando a cidade de Carolina com suas águas amplas e tranquilas, ele é parte fundamental da vida local — seja no lazer, na pesca ou no simples hábito de ver o tempo passar à beira do rio.

Durante a seca, que vai de maio a setembro, pequenas praias de areia branca surgem naturalmente nas margens do Tocantins, formando verdadeiros refúgios para banho e descanso.

Os moradores aproveitam para montar barracas, pescar ou levar a família para um fim de tarde refrescante. Para os visitantes, é a chance de mergulhar em água doce, de correnteza suave, com vista para o céu aberto e o som da natureza ao redor.

Além disso, dá para fazer passeios de barco que revelam a cidade sob outro ângulo, cruzando o rio e passando por ilhotas e trechos mais preservados.

Também há a opção de alugar caiaque ou praticar stand up paddle, aproveitando o movimento calmo do rio. É o tipo de atividade que agrada adultos e crianças, sem pressa, sem esforço, só curtindo a paisagem.

A orla de Carolina também merece destaque. O calçadão é arborizado, tem bancos para descanso e uma vista maravilhosa do pôr do sol: você encontra quiosques e barraquinhas com comida regional — peixe frito, pastel de arraia, suco de buriti, cuscuz com manteiga, além da boa e velha cerveja gelada.

É um lugar democrático, onde turistas e moradores se encontram no fim do dia. Ideal para quem quer desacelerar, conversar, provar sabores locais e sentir o clima de cidade do interior sem perder o charme do destino turístico.

Museu Histórico de Carolina

O Museu Histórico de Carolina é um verdadeiro mergulho nas raízes da cidade e uma parada essencial para quem quer entender a importância cultural e política da região sul do Maranhão.

Instalado em um casarão antigo no Centro Histórico, o museu ocupa um edifício preservado do século 19 — o que por si só já é um atrativo, com suas paredes grossas de taipa, janelas de madeira e piso original de tábua corrida.

O acervo reúne documentos, fotografias, objetos do cotidiano e mobiliário de época que ajudam a contar a história de Carolina, desde os tempos em que o Rio Tocantins era a principal rota de comércio da região até os dias de hoje.

Um dos destaques é a ala dedicada ao ciclo da navegação fluvial, com mapas antigos, equipamentos náuticos e relatos sobre as embarcações que faziam o vai e vem entre o Maranhão e o Pará.

Também há salas que resgatam a memória das famílias tradicionais da cidade, as manifestações religiosas, os ofícios populares e as figuras políticas que marcaram a trajetória local. É um museu simples, mas muito rico em conteúdo, mantido com o esforço da comunidade e de pesquisadores que valorizam o patrimônio regional.

Cada sala, cada objeto, cada fotografia parece contar uma história diferente — muitas vezes narrada por guias locais que conhecem Carolina como a palma da mão e acrescentam detalhes curiosos e relatos de moradores antigos.

Visitar o Museu Histórico de Carolina é uma forma de complementar sua experiência na Chapada das Mesas com contexto e profundidade. Afinal, entender a história do lugar que a gente pisa dá um novo significado a tudo que se vê e vive por lá.

Poço Azul e Encanto Azul

Apesar de estarem localizados no município vizinho de Riachão, a cerca de 130 quilômetros de Carolina, o Poço Azul e o Encanto Azul são dois dos passeios mais procurados por quem visita a Chapada das Mesas — e, honestamente, valem cada quilômetro percorrido.

O Poço Azul é uma piscina natural de águas cristalinas alimentada por nascentes subterrâneas. O tom azul esverdeado impressiona logo de cara, e a tranquilidade do lugar torna o banho ainda mais especial. A área é cercada por paredões de pedra e mata nativa, criando um ambiente silencioso, quase mágico.

A Cachoeira de Santa Bárbara é a mais alta da região e fica no completo do Poço Azul. Com 70 metros de altura, ela escorre por um paredão de arenito e forma um lago de água gelada e cheio de graça. A caminhada até ela é feita por trilhas suspensas.

A infraestrutura local é boa, tem restaurante, banheiro, área de descanso e até tirolesa, mas o grande destaque mesmo é se deixar levar pelo mergulho nas águas calmas e frias, com visibilidade que ultrapassa os cinco metros.

Já o Encanto Azul, como o próprio nome sugere, é ainda mais surpreendente. É um poço profundo com água extremamente azul, com coloração intensa que muda ao longo do dia conforme a incidência da luz solar.

Mas o momento mais esperado — e mais bonito — acontece por volta do meio-dia, quando o sol entra diretamente pelo vão entre as rochas e ilumina o fundo do poço.

É como se uma luz mágica acendesse lá embaixo, criando um efeito surreal, que rende fotos incríveis e uma experiência quase mística.

Para visitar os dois no mesmo dia, o ideal é sair cedo de Carolina e contratar um passeio com agências locais, que já incluem transporte, almoço e guia. O trajeto pode ser cansativo, mas o visual compensa. E se tiver tempo, considere pernoitar em Riachão para aproveitar com mais calma e menos pressa.

Tanto o Poço Azul quanto o Encanto Azul são atrações imperdíveis, não apenas pelas cores inacreditáveis da água, mas pela energia do lugar. São o tipo de cenário que a gente pensa que só existe em filmes — e que, felizmente, está no coração do nosso Cerrado.

Quando ir a Carolina

Saber quando ir a Carolina, no Maranhão, faz toda a diferença para aproveitar bem cada experiência — principalmente se a sua ideia é explorar cachoeiras, trilhas e as belezas naturais do Parque Nacional da Chapada das Mesas.

Como a cidade está inserida no bioma do Cerrado, o clima é marcado por duas estações bem definidas: a seca e a chuvosa.

→ Quando ir à Chapada das Mesas

A melhor época para visitar Carolina é entre maio e setembro, período de estiagem, quando as estradas de terra estão em melhores condições e os acessos às cachoeiras mais remotas, como São Romão e da Prata, ficam bem mais tranquilos.

Nesse período, os dias costumam ser ensolarados e com céu limpo, ideais para fotos, caminhadas e passeios de barco pelo Rio Tocantins.

Os meses de junho e julho são ainda mais especiais, pois os rios e poços naturais ainda estão com bastante água da temporada de chuvas anterior, mas sem o risco das vias estarem alagadas ou escorregadias.

Já entre dezembro e março, Carolina entra na chamada estação das chuvas. É um período mais crítico para o turismo de aventura, já que as trilhas podem ficar escorregadias, as estradas de terra viram lamaçais e alguns atrativos podem até ser temporariamente fechados por segurança. Por outro lado, o volume de água nas cachoeiras fica impressionante, e a vegetação aparece no seu auge, com tudo muito verde e florido. Se você gosta de ver a natureza mais exuberante — e está disposto a encarar possíveis perrengues —, vale considerar.

Os meses de outubro e novembro funcionam como uma transição entre a seca e a estação chuvosa. O calor é intenso, com temperaturas altas durante todo o dia, mas o movimento de turistas já é bem menor, o que pode ser interessante para quem prefere explorar os atrativos com mais sossego.

Se você quer garantir trilhas secas, rios cheios na medida certa e aquele céu azul típico do Cerrado,  viaje entre maio e setembro.  Essa é a Carolina no seu momento mais fotogênico — e mais acessível.

Perguntas frequentes

Onde fica a Chapada das Mesas?
A Chapada das Mesas fica no sul do Maranhão, bem na divisa com o Tocantins. A principal base para explorar a região é Carolina, no Maranhão, uma cidade charmosa e estruturada que serve como ponto de partida para os principais atrativos. Também vale considerar Riachão e Estreito, que ficam nas redondezas.

Como chegar à Chapada das Mesas?
A forma mais prática de chegar à Chapada das Mesas é voar até o Aeroporto de Imperatriz (IMP), a cidade com o aeroporto mais próximo, e seguir de carro ou transfer até Carolina, no Maranhão — são cerca de 220 quilômetros em estrada asfaltada. Também dá para chegar de ônibus ou dirigindo a partir de cidades vizinhas.

Qual é a melhor época para visitar a Chapada das Mesas?
Entre maio e setembro, durante a estação seca, é quando tudo fica mais bonito e acessível. É nesse período que as trilhas estão em melhores condições e as cachoeiras ficam mais cristalinas — especialmente nas redondezas de Carolina, no Maranhão. Evite os meses de chuva, entre dezembro e março.

Quantos dias são ideais para conhecer a Chapada das Mesas?
De quatro a seis dias é o tempo ideal para curtir o melhor da região com calma. Dá para conhecer as cachoeiras, fazer trilhas, visitar mirantes incríveis e nadar em lugares como o Poço Azul e o Encanto Azul. A cidade de Carolina, no Maranhão, é o ponto base para montar esse roteiro.

É preciso contratar guia para os passeios?
Alguns lugares podem ser visitados por conta própria, mas muitos atrativos, principalmente os que estão em propriedades privadas ou em áreas de difícil acesso, exigem guia. Em Carolina, no Maranhão, há várias agências que organizam os passeios com segurança e conforto.

Quais os principais passeios e atrações da Chapada das Mesas?
Os destaques da Chapada são: Cachoeira de São Romão, Cachoeira da Prata, Complexo Pedra Caída, Poço Azul, Encanto Azul, Morro do Chapéu, Portal da Chapada e Cachoeira de Santa Bárbara. Boa parte dessas atrações está nos arredores de Carolina, no Maranhão, tornando a cidade a base ideal para explorar a região.

Precisa pagar para entrar nas atrações?
Sim. A maioria das cachoeiras e poços fica dentro de propriedades particulares e cobra entrada. Os valores variam e, em muitos casos, há pacotes que incluem várias atrações em um mesmo dia. Em Carolina, as agências já costumam organizar tudo para você.

Onde se hospedar na Chapada das Mesas?
Carolina, no Maranhão, é a melhor escolha para se hospedar. A cidade tem pousadas charmosas, hotéis confortáveis, agências de turismo e boa infraestrutura. Riachão é menor, mas funciona bem para quem quer focar no Encanto Azul e no Poço Azul.

A Chapada das Mesas é segura para turistas?
Sim. Tanto Carolina, no Maranhão, quanto os atrativos naturais da região são considerados seguros. Claro que vale a recomendação básica de sempre: atenção nas trilhas, cuidado com o banho em cachoeiras e evite se deslocar à noite em áreas mais isoladas.

Precisa de vacina, repelente ou cuidados especiais?
Não é exigida nenhuma vacina para visitar a região, mas o uso de repelente e protetor solar é essencial, principalmente nos dias quentes de Carolina, no Maranhão. Leve roupas leves, tênis confortável, boné e bastante água — o calor por lá é de respeito