Praça dos Heróis: como visitar esse lugar imperdível de Budapeste

Atualizado em 17 de junho de 2019 – 5 min de leitura

No final da avenida Andrássy, a mais movimentada de Budapeste, a Praça dos Heróis é a principal da cidade. Ela foi construída para lembrar momentos e personagens importantes da história da Hungria e tem um conjunto impressionante de esculturas. Eu gostei muito desse lugar e, por isso, indico que você venha conhecê-lo também.

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Tudo foi feito com muitos detalhes e realismo, e isso é um motivo a mais para você  destinar um bom tempo  para observar tudo com calma. Afinal, não é por acaso que a Praça dos Heróis faz parte do conjunto de monumentos declarados Patrimônio da Humanidade pela Unesco.

As esculturas da Praça dos Heróis

O conjunto de estátuas da Praça dos Heróis – Hősök tere, em húngaro –, na verdade, se chama Memorial do Milênio e foi construído entre 1896 e 1929, para comemorar o milésimo ano de fundação da Hungria.

Estão representados os chefes das sete tribos que deram origem ao país, reis e nobres que, segundo o que está escrito no monumento, dedicaram suas vidas pela liberdade e independência nacional.

No centro da praça, há uma coluna com a imagem do arcanjo Gabriel no topo. Na mão direita, ele sustenta a coroa enviada pelo Papa a Szent István király – Santo Estevão -, o primeiro rei da Hungria. Na outra mão, a cruz de duas hastes lembra a obstinação do imperador em converter todo o país ao cristianismo.

Praça dos Heróis: tudo sobre a praça mais famosa de Budapeste

Na base da coluna, há sete cavaleiros que representam os líderes das antigas tribos. Eles foram esculpidos com preciosos detalhes e eu passei alguns minutos observando as armaduras e os artefatos usados nos cavalos. O principal cavaleiro, que fica na frente da coluna, é Árpád, considerado o líder do movimento de unificação das tribos.

Atrás da coluna, em um semicírculo, aparecem outras 18 esculturas. No lado esquerdo, no topo da colunata, estão a figura de um homem carregando uma foice e de uma mulher com sementes nas mãos. Na outra extremidade, um guerreiro aparece sobre um carrossel com uma cobra na mão. Para os húngaros, esse animal representa a guerra.

Nas extremidades do arco que fica à direita estão a escultura de uma mulher segurando um ramo de palmeira, que simboliza a paz, e o um casal carregando uma estátua dourada e um ramo, que simbolizam o conhecimento e a honra.

As histórias dos heróis

No centro do primeiro arco, sete figuras estão dispostas uma ao lado da outra. Entre elas, está a de Könyves Kálmán, rei húngaro. No século 11, ele impediu que a Santa Inquisição queimasse pessoas sob a alegação de serem bruxas.

Também ocupam um lugar na praça os reis Béla IV, que reconstruiu o país depois da invasão mongol, no século 13, Nagy Lajos, que ficou conhecido como Luis, o Grande, por suas batalhas vitoriosas, incluindo a invasão do antigo reino de Nápoles, hoje território italiano.

Praça dos Heróis: tudo sobre a praça mais famosa de Budapeste

Além deles, há também András II, que liderou uma marcha até a Cidade Santa, Jerusalém, e Károly Róbert, que lutou em defesa do Sacro Império Romano-Germânico. A lista real se completa com Szent István király, que eu já contei ter sido o primeiro imperador da Hungria, e Szent László, que ficou famoso por ter matado um sequestrador turco que havia feito uma donzela húngara de refém.

No semicírculo da direita estão outras figuras memoráveis. Entre elas, Lajos Kossuth, líder do movimento que ficou conhecido como a Insurreição de 1848: ele convocou os húngaros a lutarem pela independência dos austríacos e dos eslavos.

Praça dos Heróis: tudo sobre a praça mais famosa de Budapeste

Também estão as estátuas de Hunyadi János, militar que defendeu o país do ataque otomano, no século 15, Hunyadi Mátyás, um rei que teve várias conquistas e que era conhecido por sua capacidade intelectual, Bocskai István, que articulou a liberdade religiosa em todo o país, no século 16, Bethlen Gábor, que liderou uma revolta contra a Casa de Habsburgo, dinastia que comandava grandes territórios na Europa, além de Tökölli Imre e Rákóczi Ferenc II que também lutaram contra a Casa de Habsburgo.

Os arredores da Praça

Como falei, a Praça dos Heróis fica no final da Avenida Andrássy, a maior de Budapeste, e está rodeada por outros pontos turísticos da cidade, como o Museu de Belas Artes e o Palácio da Arte.

Atrás da praça, fica o grandioso Parque da Cidade. Na  área verde mais importante da capital  húngara, você vai ver lagos, castelos, monumentos e pode, ainda, visitar o zoológico de Budapeste – um dos mais antigos do mundo – e o jardim botânico. A visita à Praça dos Heróis e ao Memorial do Milênio é gratuita.

Praça dos Heróis: tudo sobre a praça mais famosa de Budapeste

Como visitar a Praça dos Heróis

Não dá para sair de Budapeste sem conhecer a Praça dos Heróis e, melhor do que apenas visitar, é importante entender que ela tem um significado tão interessante para o povo húngaro. Eu dei a sorte de assistir a um concerto de música clássica que deixou o ambiente ainda mais inesquecível. Você pode dar uma olhada neste site para saber quando eles acontecem.

Como chegar

A linha M1 do metrô para na estação Hősök tere – que significa Praça dos Heróis -, e a passagem custa HUF 350. De ônibus, você pode tomar qualquer um das linhas 20A, 30, 30A e 230. A passagem custa UHF 250.

O aeroporto que atende Budapeste é o Aeroporto Ferenc Liszt (BUD) e ele tem voos partindo e chegando das principais cidades europeias, além do norte de África, do Oriente Médio e da China. Não há voos diretos do Brasil.

De ônibus, dá pra chegar a Budapeste partindo de várias cidades. Uma boa opção é a Regio Jet, empresa tcheca que tem linhas espalhadas por, praticamente, toda a Europa. Com preços altamente competitivos e um agradável atendimento, a companhia – que também é conhecida como Student Agency – é uma das preferidas dos húngaros.

Todas as rotas têm um serviço de bordo com sistema de entretenimento e máquina de café, cappuccino e chocolate quente para você se servir a vontade. Lanches rápidos podem ser comprados com a atendente que acompanha toda a viagem. Além disso, todos os ônibus têm dois andares e são equipados com ar-condicionado, aquecedor, banheiro, tomadas de energia e telas individuais que funcionam com o toque do seu dedo.

Outra opção é viajar de trem, e você pode consultar as tarifas no site da Máv-Start. Partindo de Viena, na Áustria, por exemplo, a viagem dura cerca de três horas.

Quando ir

Budapeste tem um verão quente e um inverno muito rigoroso. Nos meses de julho e agosto, quando o clima fica mais quente, a temperatura pode chegar a 30 graus. Em contrapartida, no inverno, especialmente em janeiro, os termômetros caem para abaixo de zero. Nessa época, é muito comum nevar.

De forma geral, não chove muito na cidade. Os meses com mais probabilidade de chuva são de maio a julho. Em agosto, o clima é ideal, mas é importante lembrar que esse é o mês de férias na Europa e tudo fica mais lotado e caro.

Onde ficar

Budapeste é a junção de duas cidades – Buda e Peste – unidas pelo Rio Danúbio. De certa forma, podemos dizer que Buda concentra mais atrações históricas, como castelos, igrejas e museus. Os bairros residenciais são calmos e pouco movimentados durante a noite.

Do outro lado do rio, Peste é vibrante, jovem e cheia de boas opções durante o dia e, principalmente, à noite. Cheio de prédios belíssimos, praças, parques e avenidas largas, esse canto da cidade é ideal para você se hospedar. Eu explico melhor sobre todas as áreas da cidade em: Onde se hospedar em  em Budapeste.

Nos arredores do antigo bairro judeu, há lugares fantásticos como o Gozsdu Udvar, que é muito famoso entre os moradores da cidade, e concentra bares, pubs e restaurantes.  Eu aluguei um apartamento no Gozsdu Udvar e foi sensacional. O All-4 U Apartments é espaçoso, todo mobiliado e tem uma ótima relação custo benefício.

 

Informações Básicas

Visto

Brasileiros não precisam de visto para entrar e permanecer na Hungria por até 90 dias.

Documentos

É necessário apresentar o passaporte com validade de, pelo menos, três meses.

Dinheiro

A moeda do país é o forint húngaro, identificado pela sigla HUF. Você pode levar euros e trocar nas casas de câmbio.

Vacinas

Nenhuma vacina é exigida de brasileiros, mas o seguro viagem é obrigatório.

Informações sobre covid-19

Desde o dia 7 de março de 2022, viajantes internacionais podem entrar na Hungria sem necessidade apresentar certificados de vacinação ou qualquer tipo de teste e sem obrigação de fazer quarentena.

O uso de máscaras em espaços públicos não é mais obrigatório, embora alguns locais ainda possam recomendar seu uso.

Seguro viagem

O seguro viagem é obrigatório para todos os países europeus que fazem parte do Tratado de Schengen:  a Hungria é um deles. 

Sem o seguro, você pode ser impedido de entrar no país. E tem mais: há uma cobertura mínima de EUR 30.000. Portanto, você precisa informar para qual – ou quais – país vai viajar antes de comprar o seguro.

Eu sempre indico o Seguros Promo, um site que compara os preços de várias seguradoras e nos mostra os melhores valores para cada cobertura.

Além disso, nem todos os países têm um sistema de saúde público e gratuito. Na verdade, na maioria deles, viajantes estrangeiros não têm acesso a assistência médica gratuita. Por isso, é muito importante ter o seguro internacional de saúde – também chamado de seguro viagem.

→ Faça uma cotação do seguro viagem

O custo de um seguro viagem é menor do que se costuma pensar e ele garante que você terá atendimento em casos de emergências médicas comuns, como acidentes de trânsito, intoxicações alimentares, acidentes vasculares e infartos cardíacos, por exemplo.

Você já imaginou quanto custa um tratamento médico para esses casos em outros países? Dependendo da gravidade, o atendimento pode custar milhares de dólares, podendo gerar sérias dificuldades financeiras para você e seus familiares para o resto da vida.

Então, antes de embarcar, compre o seguro viagem, imprima o comprovante e tenho o número de emergência em local de fácil acesso.

Veja mais sobre a Hungria

Ficou mais fácil planejar sua viagem? Se ainda tiver alguma dúvida, deixe sua pergunta nos comentários que eu respondo.

Se preferir, pode falar comigo pelo Instagram: @altiermoulin. Aproveite, também, para ver outras dicas da Hungria.

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Sobre o Autor

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Altier Moulin

Sou jornalista, capixaba e apaixonado pelo universo viajante. Sempre gostei de contar histórias e de extrair do cotidiano um valor que muitos não percebem. Quando criança, sonhava em viajar pelo mundo e, já adulto, isso virou um propósito de vida.

comentários

2 Comentários

  1. Luis Cordeiro

    A praça é bem bonita e enorme apesar de não parecer, e é entrada para um dos parques mais bonitos da cidade

    Responder
    • Altier Moulin

      Sem dúvida, Luis. A Praça é linda e cheia de história.
      É um daqueles lugares que a gente não pode perder.

      Um abraço.

      Responder

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