Vale dos Reis: a impressionante eterna morada dos faraós em Luxor

Atualizado em 14 de dezembro de 2022 – 5 min de leitura
Vale dos Reis

Foto: Francisco Anzola

No lado oeste do Rio Nilo, na cidade de Luxor, fica o Vale dos Reis. Esse imenso sítio arqueológico é, na verdade, um conjunto de 63 tumbas.

→ Onde ficar em Luxor

Elas foram construídas sob uma imensa montanha rochosa que tem o cume em forma de pirâmide. E foi justamente por causa desse detalhe que ela foi escolhida para ser a morada eterna dos poderosos imperadores egípcios.

Neste artigo, eu vou explicar sobre:

Vale dos Reis

Debaixo do solo árido do deserto, estão escondidos os retos mortais de dezenas de faraós e importantes figuras da antiguidade egípcia. Eles descansaram em paz até que as escavações começassem no final do século 18 e não parassem mais.

Vale dos Reis

Foto: Cattan2011

Como as pesquisas são contínuas, pode ser que, de um dia para o outro, esse número de 63 aumente. Isso não significa que a gente poderá conhecer a nova descoberta da arqueologia assim tão rápido.

Para você saber, nem todas as tumbas do Vale dos Reis estão abertas para visitação.

Algumas ficam fechadas periodicamente para serem restauradas ou para obras de manutenção, por causa do grande número de turistas que chega  todos os dias.

Ah, e não é permitido fotografar dentro das câmaras mortuárias.

Vale dos Reis

Foto: 2H Media

O esquema da visita é bem simples.

Depois de comprar a entrada, você caminha por uns dez minutos até chegar ao ponto de visitação. Se o sol estiver muito quente ou se simplesmente você não quiser caminhar, dá para pegar uma condução interna pagando por fora.

Eu considero muito importante estar acompanhado de um guia para entender melhor tudo o que você está vendo. A entrada desses profissionais nas tumbas não é permitida.

Vale dos Reis

Foto: Cattan2011

Ainda assim, eles podem explicar detalhadamente o que há no interior de cada uma delas.

Dentro das tumbas é um pouco escuro.

Eu vi algumas pessoas usando lanterna e até a luz do celular, mas não acho legal porque pode prejudicar esse grande patrimônio.

Mas não se preocupe, pois há áreas mais bem iluminadas e dá para ver tranquilo o que é mais interessante.

Todas as tumbas são vigiadas, e há um certo limite de visitantes para cada uma delas por vez.

Esse controle é uma das exigências da Unesco, que incluiu o Vale dos Reis com toda a necrópole na lista de Patrimônios da Humanidade em 1979.

A história de Tutancâmon

No Vale dos Reis, foi encontrada a mais famosa múmia do antigo Egito: a tumba de Tutancâmon foi descoberta em 1922 por Howard Carter.

Além do corpo do jovem faraó que assumiu o trono ainda na adolescência e morreu aos 19 anos, também estavam parte de seu tesouro.

Vale dos Reis

Foto: Axp Photography

Isso inclui sua preciosa máscara mortuária moldada em ouro, cravejada por pedras semipreciosas e adornada de vidro colorido. Ela pode ser vista no Museu Nacional do Egito, no Cairo.

Quando eu estava pesquisando sobre os lugares que queria conhecer no Egito, eu li algo sobre a maldição de Tutancâmon.

Há uma série de fatos inexplicados que ainda hoje são alvo de especulações sobre a violação da tumba. Veja o que eu encontrei sobre esse assunto na Wikipedia.

Em torno da abertura do túmulo e de acontecimentos posteriores, gerou-se uma lenda relacionada com uma suposta “maldição” ou “praga da morte”, lançada por Tutancâmon contra aqueles que perturbaram o seu descanso eterno. O mecenas de Carter [patrocinador], Lord Carnarvon, faleceu no dia 5 de abril de 1923, não tendo por isso tido a possibilidade de ver a múmia e o sarcófago de Tutancâmon. No momento da sua morte, ocorreu na capital egípcia uma falha elétrica sem explicação e a cadela do lorde teria uivado e caído morta no mesmo momento na Inglaterra.

Nos meses seguintes, morreram o meio-irmão do lorde, a sua enfermeira, o médico que fizera as radiografias e outros visitantes do túmulo. Além disso, no dia em que o túmulo foi aberto oficialmente, o canário de Carter foi engolido por uma serpente, animal que se acreditava proteger os faraós dos seus inimigos. Os jornais da época fizeram eco desses fatos e contribuíram de forma sensacionalista para lançar no público a ideia de uma maldição. Curiosamente, Howard Carter, descobridor do túmulo, viveu mais treze anos.

Como visitar o Vale dos Reis

Quanto custa

A entrada no Vale dos Reis custa, atualmente, EGP 160.

O ingresso lhe permite visitar três das 63 tumbas, exceto a de Tutancâmon, que requer um ingresso adicional que custa EGP 100.

Vale dos Reis

Embora a visita seja merecida, os pertences do antigo faraó não estão mais na tumba, mas no Museu Nacional do Egito, que fica no Cairo.

Na área onde estão as tumbas, não há exatamente nada além delas.

Quando ir

A visita ao Vale dos Reis pode ser feita todos os dias do ano, das 6h às 17h.

No inverno, os portões são fechados uma hora mais cedo.

O melhor período para visitar o Egito é de outubro a maio, quando as temperaturas não são muito agressivas.

Nos feriados de fim de ano e na Páscoa, tudo fica muito mais tumultuado por causa dos turistas europeus que chegam aqui com frequência – principalmente para fazer um cruzeiro pelo Rio Nilo.

Nos outros quatro meses – junho, julho, agosto e setembro –, é verão no Egito e as temperaturas muitas vezes podem chegar perto dos 50 graus, principalmente em Luxor, Aswan e em outras partes do sul do país.

Apesar do calor, é nessa época que dá para ver o país sem aqueles milhões de turistas.

Como chegar

Para chegar a Luxor, cidade a 700 quilômetros do Cairo, você pode fazer a viagem de trem, e eu já contei como é o trem para Luxor e Aswan.

O Vale dos Reis fica na margem oeste do Rio Nilo e não há transporte público.

A melhor maneira de fazer essa visita é contratando um passeio em  Luxor, mas avalie bem o preço que vão lhe cobrar – de forma geral é barato e vale a pena.

Uma boa opção é consultar a recepção de seu hotel.

Onde ficar

Para decidir onde ficar em Luxor, o primeiro passo é escolher entre a parte ocidental ou oriental da cidade. Lembra que eu falei que Luxor é cortada pelo Nilo? Pois, é isso.

A parte Oriental – Chamada de East Bank – é que está a estrutura da cidade, os principais templos e a maioria dos hotéis. Eu considero essa parte da cidade  a melhor área para ficar em Luxor.

→ Onde ficar em Luxor

Do outro lado do Nilo – no West Bank –, ficam as acomodações mais baratas, mas você pode ter a sensação de estar em um lugar abandonado.

Independentemente da área que escolher, um fator que vai interferir no preço é a proximidade com o rio: quanto mais perto dele, mais caro.

Sobre o Autor

<a href="https://www.penaestrada.blog.br/author/altier/" target="_self">Altier Moulin</a>

Altier Moulin

Sou jornalista, capixaba e apaixonado pelo universo viajante. Sempre gostei de contar histórias e de extrair do cotidiano um valor que muitos não percebem. Quando criança, sonhava em viajar pelo mundo e, já adulto, isso virou um propósito de vida.

comentários

2 Comentários

  1. moema

    Gostaria de saber se vc conheces o cruzeiro pilo Nilo a bordo de Sonesta St. George da Memphis Tours???

    Estou tentando buscar tb conhecimento da idoneidade da empresa Memphis Tours…pois gostaria de realizar minhas ferias com eles.
    Como já fui LEZADA!!!!! por uma empresa de turismo Portuguesa em minhas ferias passadas…Não gostaria de realizar o mesmo…
    Desde já agradeço sua atenção
    Att Moema

    Responder
    • Altier Moulin

      Oi Moema,

      Não, eu não conheço.

      Um abraço.

      Responder

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