Atualizado em 21 de maio de 2018
Neste guia de viagem para a República Dominicana, eu reuni informações sobre o processo de entrada no país e os costumes do povo dominicano. Além disso, falei da melhor forma de levar seu dinheiro e de tantas outras questões que vão lhe ajudar na hora de fazer os seus planos. Principalmente, se você for um viajante independente como eu.
Visto | Brasileiros não precisam de visto para entrar na República Dominicana. Ainda assim, é necessário pagar uma taxa de USD 10 na entrada. Esse valor somente poderá ser pago em dólares americanos, portanto sugiro que já tenha o dinheiro trocado para evitar atrasos no aeroporto.
Dinheiro | O peso dominicano, representado pela sigla DOP, é a moeda local e também é chamado popularmente de cuarto. As notas que circulam são de 20, 50, 100, 500, 1.000 e 2.000. As moedas são de 1, 5, 10 e 25 pesos. No comércio, todos os preços estão marcados em pesos e os jornais diários trazem sempre a cotação atualizada.
Para fazer a troca do seu dinheiro, prefira os bancos ou as instituições de câmbio. Você terá que fornecer o seu passaporte para efetivar essa transação, a menos que esteja sacando de um caixa eletrônico. Para esse tipo de saque, será cobrada uma taxa que varia de DOP 120 a DOP 190.
Durante minha viagem, eu utilizei o Cash Passport, com a bandeira MasterCard, fornecido pela Betta Câmbio, minha parceira nessa viagem. Com ele, eu consegui fazer saques e pagar com débito facilmente em bares, restaurantes e supermercados.

Cédula de cinquenta pesos dominicanos.
Transporte | O trânsito nas principais cidades dominicanas é tão complexo que eu escrevi um post exclusivamente sobre isso. Eu sugiro que você leia Entenda o trânsito de Santo Domingo, com bastante atenção para evitar surpresas na sua chegada ao país.
A principal operadora do transporte intermunicipal é a Caribe Tour, que tem uma frota nova que te leva a diferentes pontos do país. Outras empresas, como a Metro e Expreso Bávaro também têm saídas regulares.
Como os trajetos são relativamente curtos, uma boa opção é alugar um carro para conhecer melhor os diferentes aspectos do país. As maiores companhias de locação de veículos podem ser encontradas no Aeroporto Internacional Las Américas (SDQ).
Clima | De junho a setembro, a ocorrência de furacões e tempestades ciclônicas pode ser maior. É nesse período que os preços quase batem no chão, já que o número de turistas cai bastante. Em contrapartida, dezembro e janeiro sãos os meses mais movimentados. Nessa época, o céu é o limite para os preços – e eu não estou exagerando.
Os dominicanos têm orgulho de afirmar que o seu país tem sol e calor o ano inteiro. Mais do que sol, eu diria que eles têm calor o ano inteiro, pois, mesmo nos dias nublados, a alta umidade do ar vai lhe fazer transpirar como nunca.

O belo Mar do Caribe.
Segurança | De forma geral, os cuidados que você deve ter na República Dominicana são os mesmo que você tem em qualquer lugar do Brasil. Não ande com objetos de valor à mostra, tenha atenção dobrada ao usar o transporte público, seja cortês com os habitantes locais e, ao mesmo tempo, esperto com os oportunistas. A única área de Santo Domingo que considerei mais insegura é a Avenida Duarte, próximo ao mercado popular. Portanto, se puder, evite essa área.
Saúde | Para entrar no país não é exigida nenhuma vacina, e, como sempre tenho dito, mesmo que não seja uma regra, contrate um seguro viagem e consulte o seu médico caso utilize medicamentos continuamente: você precisará de uma prescrição médica para entrar com os seus remédios no país.
Não se esqueça de beber muita água durante seus dias na República Dominicana e evite consumir alimentos de origem duvidosa, como nas barracas de fritura. Eu explico isso melhor em República Dominicana além de Punta Cana.

O mercado popular da Avenida Duarte, em Santo Domingo.

A simpática vendedora de frituras na praia de Boca Chica.
População | Simples e carismáticos, os dominicanos vão te receber muito bem – principalmente se você disser que é brasileiro. Essa palavrinha mágica abre sorrisos e chama elogios facilmente. Esse é um povo apaixonado pelo Brasil e por nossa cultura. Não é difícil encontrar dominicanos que falam português e que amam as novelas brasileiras. Se você quiser puxar assunto, fale de Dona Beija, Xica da Silva e Carminha. Pode parecer engraçado, mas o dominicano sabe mais sobre as novelas brasileiras do que sobre o nosso futebol.
Nas praias, não se assuste se não encontrar ninguém de sunga. Dominicanos usam shorts ou bermudas para o banho de mar e, como a praia está ali tão perto, em alguns casos, eles vão de roupa mesmo. Pode apostar: quem estiver de traje de banho apropriado – para nós, brasileiros – é turista.
Haitianos na República Dominicana são muito comuns e geralmente ocupam funções na construção civil e no comércio de rua, por exemplo. Eles se sujeitam aos serviços que os dominicanos não querem mais. Por isso, são facilmente reconhecidos.

O jeito dominicano de ir à praia.
Infraestrutura | Mesmo com suas largas avenidas, o trânsito em Santo Domingo não flui. Dominicanos são apaixonados por buzinas e adoram transgredir as leis de trânsito. Andar na contramão e estacionar em local proibido é algo comum de se ver.
A falta de energia elétrica também é um problema que afeta os dominicanos todos os dias. Basta andar por Santo Domingo que você verá postes com lâmpadas apagadas e residências às escuras. Nesses casos, as poucas casas que têm iluminação são abastecidas por gerador próprio.
Patriotismo | A rica história dominicana fez brotar no coração desse povo um imenso amor por sua terra. Por todos os lados pode se ver estendida a bandeira nacional nas cores azul, branco e vermelho que simbolizam o céu da pátria, a paz e o sangue derramado nas guerras.
Nesse país, por onde passo, ouço falar em Juan Pablo Duarte. Avenidas, ruas, prédios e tantos outros monumentos levam o nome do mais importante dos três heróis da independência dominicana – os outros dois são Francisco del Rosario Sánchez e Matías Ramón Mella.
Outro período histórico que jamais será esquecido por esse povo, se refere aos trinta anos vividos sob o jugo da ditadura de Rafael Trujillo. Extremamente vaidoso, ele construiu imensos prédios, monumentos faraônicos e abriu o país para o turismo internacional, mas o preço pago pela população era a falta de liberdade e o cerceamento dos direitos humanos.
Para manter o poder, Trujillo calava, sem pestanejar, seus opositores, como no caso das irmãs Mirabal, que lideravam o movimento que pretendia derrubar o ditador. Feroz com a ousadia dessas mulheres, Trujillo ordenou que elas fossem mortas a pauladas.
A morte das três irmãs trouxe luz sobre a situação do país e aumentou o apelo internacional pela renúncia do ditador.
Ainda hoje, um museu é mantido em memória das irmãs na cidade de Conuco e em várias outras cidades do país monumentos lembram a história dessas heroínas que se transformaram no símbolo da luta pelo fim da violência contra a mulher.

Monumento às Irmãs Mirabal em Santo Domingo.
Guia de viagem para a República Dominicana
Agora que você sabe como planejar sua viagem, dê uma olhada em todos os posts que escrevi sobre o país.
- As belíssimas praias de Barahona
- Comidas da República Dominicana
- República Dominicana além de Punta Cana
- Conheça a Zona Colonial de Santo Domingo
- Descubra o Monumento Natural los Tres Ojos
- Guia de viagem para a República Dominicana
- Santiago e Puerto Plata: o norte dominicano
- Furacão na República Dominicana não afetou o turismo
- Entenda o trânsito de Santo Domingo
Minha viagem à República Dominicana teve o apoio da Betta Câmbio e da Vital Card.