San Ignácio Mini e outras ruínas jesuíticas: Patrimônios da Humanidade

Atualizado em 8 de dezembro de 2023 – 2 min de leitura

Elas estão a 250 quilômetros da fronteira entre o Brasil e a Argentina, e para quem chegou a São Miguel das Missões, no Rio Grande do Sul, e ainda deseja entender melhor como funcionavam as reduções jesuíticas, as ruínas de San Ignácio Mini são destino obrigatório.

Declarado Patrimônio da Humanidade pela Unesco em 1984, esse conjunto arquitetônico é um dos mais antigos empreendimentos dos jesuítas na região.

San Ignácio Mini

Além disso, ele tem as mais bem conservadas ruínas daquele tempo, e você pode ver com facilidade as estruturas das casas, da igreja, do colégio, do cemitério e das outras dependências que sempre eram padrão, como contei no post: As ruínas de São Miguel das Missões.

San Ignácio Mini

Embora San Ignácio de Mini seja, atualmente, a maior e mais bonita, outras ruínas das missões jesuíticas guaranis na província argentina de Misiones podem ser visitadas, como as de Nuestra Señora de Loreto, Santa Ana e Santa Maria La Maior.

San Ignácio Mini

Como é a visita a San Ignácio Mini

A minha visita começa em um belo casarão que, atualmente, abriga um museu onde estão algumas peças do tempo dos jesuítas: imagens talhadas em madeira, uma maquete da construção original e instrumentos musicais estão dispostos de forma bem organizada e identificada.

Na área multimídia, você pode ouvir a música indígena guarani produzida sob a influência dos jesuítas.

San Ignácio Mini

Deixando o casarão, caminho rapidamente em direção a um imenso campo coberto por um gramado bem verde, onde estão as famosas ruínas. Diferentemente do que acontece em São Miguel das Missões, aqui você não precisa contratar um guia.

Um sistema de áudio em português, inglês e espanhol explica cada detalhe das construções. Além disso, imagens impressas nesses totens ajudam a entender como tudo era na forma original.

San Ignácio Mini

As ruínas são belíssimas e cheias de detalhes. Na igreja, quase todas as paredes ainda resistem, diferentemente do teto.

No pátio, algumas casas ainda estão de pé e posso andar por elas, percebendo como era o estilo de vida de quem aqui vivia.

San Ignácio Mini

Quanto custa

Brasileiros pagam ARS 60. O ingresso tem validade de 15 dias e, com ele, você pode visitar as outras ruínas sem pagar nada mais por isso. Crianças de até seis anos não pagam.

San Ignácio Mini

Quando ir a San Ignácio Mini

As ruínas de San Ignácio ficam abertas para visitação diariamente, das 7h às 19h. Reserve pelo menos duas horas para fazer a visita.

Como chegar a San Ignácio Mini

De carro, saindo de São Miguel das Missões, você vai atravessar a fronteira em Porto Mauá, passando por Santo Ângelo. A balsa que faz o transporte custa R$ 30 para veículo de passeio. Nos dias úteis, a balsa parte das 8h30 às 12h e das 14h30 às 18h. Aos sábados, domingos e feriados, o horário é alterado para das 9h às 12h e das 15h às 18h.

A volta é feita pelo Puerto Alba. Aqui, você terá que pagar ARS 85 para transportar o veículo e o motorista. Cada passageiro paga uma taxa extra de ARS 15 e, além disso, você paga um imposto portuário argentino de ARS 50 para veículos de passeio.

No caminho até San Ignácio Mini, você vai passar por outras duas ruínas jesuíticas: Santa Ana e Nuestra Señora de Loreto. Se o seu tempo não estiver apertado, vale a pena fazer uma parada.

Informações Básicas

Visto

Brasileiros não precisam de visto para entrar e permanecer no país por até 90 dias. Esse prazo pode ser prorrogado por mais 90 dias.

Documentos

Brasileiros podem apresentar o passaporte ou a carteira de identidade, desde que tenha sido emitida há menos de dez anos.

Dinheiro

O peso argentino, identificado pela sigla ARG, é a moeda nacional. Para sua viagem, leve reais ou dólares.

Vacinas

Nenhuma vacina específica é obrigatória, independentemente do motivo da viagem.

Seguro viagem

Apesar de não ser obrigatório,  viajar para a Argentina sem o seguro viagem não e uma boa ideia.  Sem ele, você poderá ter que pagar caro, caso precise de uma consulta médica ou de atendimento hospitalar.

Ter um seguro viagem é ainda mais importante se você for viajar para áreas mais remotas do país, como a Patagônia e o norte argentino – na região de Jujuy e Salta, muitas pessoas se sentem mal por causa da altitude.

Além disso, o custo de um seguro viagem é menor do que se costuma pensar e ele garante que você terá atendimento em casos de emergências médicas comuns, como acidentes de trânsito, intoxicações alimentares, acidentes vasculares e infartos cardíacos, por exemplo.

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Antes de embarcar, compre o seguro viagem, imprima o comprovante e tenho o número de emergência em local de fácil acesso.

Eu sempre uso a plataforma da Seguros Promo para comparar valores antes de fazer a compra. Eles têm um suporte muito eficiente e preços sempre muito bons.

GOLPE NO TÁXI

Na hora de pegar um táxi – que ainda é a melhor opção para se locomover nas cidades da Argentina –, utilize veículos de frota e fique de olho na hora de pagar: sempre olhe para o motorista e diga qual o valor em espécie você está entregando a ele.

Esse cuidado tem uma razão: alguns motoristas trocam a sua nota e dizem que a que você o entregou é falsa. Há casos em que eles deixam o dinheiro cair no chão do carro e pegam uma nota falsa para lhe repassar.

Outro golpe praticado por motoristas de táxi contra turistas é alegar que você entregou a ele uma nota no valor inferior ao pretendido.

Uma amiga chegou a Buenos Aires à noite. Cansada, depois de tomar um táxi, ela fez o pagamento com uma nota de ARS 100. Entretida com as malas, ela não percebeu que o taxista tinha trocado a sua nota por uma de ARS 10.

Ela se desculpou, entregou-lhe novamente uma nota de ARS 100, e manteve a postura desatenciosa. O motorista aproveitou e, novamente, disse que tinha recebido outra nota de ARS 10. No final das contas, ela pagou ARS 300 por uma corrida de táxi que custou menos de ARS 100.

Infelizmente, carros de aplicativo ainda não são tão comuns em várias cidades argentinas e isso nos faz reféns dos taxistas.

Veja mais dicas da Argentina

Ficou mais fácil planejar sua viagem? Se tiver alguma dúvida, deixe sua pergunta nos comentários que eu respondo.

Se preferir, pode falar comigo no Instagram: @altiermoulin. Agora, aproveite para ver outras dicas da Argentina.

Sobre o Autor

<a href="https://www.penaestrada.blog.br/author/altier/" target="_self">Altier Moulin</a>

Altier Moulin

Sou jornalista, capixaba e apaixonado pelo universo viajante. Sempre gostei de contar histórias e de extrair do cotidiano um valor que muitos não percebem. Quando criança, sonhava em viajar pelo mundo e, já adulto, isso virou um propósito de vida.

comentários

4 Comentários

  1. Elmer Brandolt

    BUENAS companheiro!
    Gostaria muito d poder saber saber mais sobre as ruínas pois possuo um medalhão das ruínas de San Ignácio Miní q está com a família a aproximadamente 80 anos!

    Responder
    • Altier Moulin

      Olá, Elmer.

      Estas são as informações que tenho.

      Um abraço.

      Responder
  2. Lais Elaine Tierling

    Gostaria de compartilhar minha experiência na viagem para San Ignácio Mini. Começando pelo detalhe que a entrada para as ruínas não é 60 pesos Arg por pessoa mas 150 pesos Arg por pessoa (fomos em Janeiro/2017), como levamos só o necessário em pesos nossa quantia não daria o suficiente para a viagem, pois éramos em 4 pessoas, sem contar que não aceitaram nosso cartão de crédito. Ao nos retirarmos do local um cambista nos abordou e vendeu 4 ingressos por 30 pesos Arg (Já usados nas ruinas de san ignácio) para podermos entrar nas outras ruínas, então visitamos as ruínas de Loreto alí perto. Demais dicas do site estavam corretas, por isso agradeço.

    Responder
    • Altier Moulin

      Obrigado, Lais.

      Responder

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