Bem no meio do mapa do Rio Grande do Sul, existe uma pequena cidade que chama atenção pelas frequentes descobertas de fósseis que datam de milhões de anos. Foram os dinossauros de Candelária que fizeram ela ser reconhecida por paleontólogos do Brasil e do mundo como um importante centro de pesquisa.
Mas, muitos turistas que passam pela região ainda não sabem que, sob o chão que pisam, podem estar escondidos os restos mortais de animais pré-históricos.
Rota pré-histórica
Candelária faz parta da Paleorrota, uma região gaúcha com grande concentração de achados paleontológicos.
Localizada no centro do Rio Grande do Sul, as cidades são cortadas pela BR-287, que ganhou o apelido de Rodovia dos Dinossauros. Assim, para quem vem de Porto Alegre, a área dos fósseis começa em Venâncio Aires, a 135 quilômetros da capital.
Mas, é em Candelária que foram encontrados e classificados o maior número de fósseis de dinossauros que habitaram a região no período Triássico, a cerca de 250 a 200 milhões de anos, quando todos os continentes ainda eram um só.
Algumas das descobertas mais relevantes de Candelária estão sendo estudadas fora da cidade – no Brasil e no exterior -, mas há um pequeno museu onde a gente pode ver alguns achados, como o Dicinodonte, o Tecodonte e o Rincossauro.
Dinossauros de Candelária
O acervo do Museu Municipal Aristides Carlos Rodrigues inclui ainda uma réplica do Guaibassaurus Candelarienses, que foi encontrado em Sanga Pinheiro, dentro dos limites de Candelária.
Quando estive no Museu, percebi que ele precisa de mais investimento e de cuidado.
Me lembro que a entrada era feita pela Biblioteca Municipal, que funciona no mesmo prédio, e que não havia monitores ou profissionais para acompanhar as visitas.
Ainda assim, tive a sorte de encontrar o curador do Museu que me deu bastante informações, graças ao seu conhecimento acumulado durante anos e às horas de voluntariado destinada a atender estudantes e grupos de visitantes que agendam a visita previamente.
O museu tem apenas duas salas, onde estão árvores e esqueletos fossilizados e um cenário improvisado que mostra como era e como vivia o Guaibassauro, espécie encontrada pela primeira vez em Candelária.
Como visitar o Museu
O Museu Municipal Aristides Carlos Rodrigues fica na Avenida Pereira Rego, 1.000 e funciona de segunda a sexta, das 9h às 17h. A entrada é gratuita.
Visitas guiadas podem ser agendadas pelos telefones (51) 3743-8171 – 3743-8105, ou pelo e-mail: museudecandelaria@terra.com.br.
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Respostas de 4
Excelente artigo e bastante esclarecedor. Parabéns!
Obrigado, Karlos!
bom artigo. Ainda pouco abordado no Brasil. Mas importantíssimo para ciência.
Oi,
Muito bom o estudo de Cunegundes.