Conheça as belezas de Antonina, no Paraná, e a história da Estrada Graciosa

Atualizado em 11 de outubro de 2022 – 3 min de leitura

Antonina

Abraçando a baía onde repousam pequenos barcos, Antonina é uma daquelas descobertas que deixam a gente cheio de esperança. Tranquila como o mar que lhe traz vida, a cidade deve estar no seu roteiro quando visitar Morretes. Isso depois de fazer o passeio de trem que sai de Curitiba.

A cidade é pequena e aconchegante, são apenas 19.000 habitantes. Ela foi a morada original de grupos indígenas que viveram nesta região até que fossem criados os primeiros povoados, no final da década de 1640.

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Aliás, foram eles, os índios, que deram origem ao que hoje conhecemos como Estrada Graciosa. Por essa rota eles migravam para o litoral nos meses mais frios do ano e aqui sobreviviam por meio da pesca e da cata de mariscos.

Hoje, suas ruas cobertas de pedras, suas construções históricas e sua tradição em servir o barreado, prato típico do litoral paranaense, deixam claro que esta é uma terra cheia de memórias.

AntoninaTestemunha dessa história, o Santuário Nossa Senhora do Pilar fica no ponto mais alto da cidade e daqui tudo observa desde 1714, ano em que foi construído.

Da fase de maior produtividade econômica – na segunda metade do século 20 -, Antonina preserva o Theatro Municipal, criado por artistas e patrocinado por homens ricos da cidade que acreditavam em seu crescimento.

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Na beira-mar, as ruínas do antigo porto completam a fotogenia da cidade. Mas há ainda opções para quem gosta de aventura e natureza: dá para fazer rafting no Rio Cachoeira ou escalar o Pico Paraná.

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Mas, sem dúvida, o passeio de barco pela baía é algo que jamais pode faltar no seu roteiro.

Em apenas trinta minutos dá para conhecer a cidade a partir do mar: ver seu relevo, as moradias, o santuário e o trapiche, um píer onde você também pode fazer uma agradável caminhada.

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Há diversas opções de passeios que saem do trapiche. Um deles te leva para ver o manguezal e para observar pássaros, em outro você pode ainda andar de caiaque pelo Rio Pequeno. E o melhor: é baratinho.

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Quanto custa

O passeio de barco custa a partir de R$ 20 e dura, em média, meia hora. No roteiro básico, o barco sai do trapiche, passa perto do casario antigo e vai até perto do manguezal. Há uma opção onde você pode andar de caiaque no Rio Pequeno, e para isso você paga R$ 30. O barco tem capacidade para 20 pessoas, mas os passeios acontecem com o mínimo de quatro passageiros.

Para contratar o passeio ou fazer sua reserva, você pode ligar para os telefones (41) 8834-3195 ou 8433-7958 e falar com o capitão André. É ele quem pilota o barco Alto Mar, o único que faz o passeio na região.

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Onde ficar

Antonina não tem tantas opções como Morretes, mas há pousadas que são uma graça e que se integram completamente à sua paisagem. Veja a lista de opções da cidade.

Onde comer

No restaurante Buganvil é servido o que muitos consideram o melhor barreado da cidade.

Ele fica bem pertinho do Santuário, ao lado da praça, e o prato completo é servido na panela de barro e acompanha farofa, farinha de mandioca, arroz, banana da terra frita, banana caturra, peixe e camarão à milanesa, camarão ao molho, bolinho de camarão, casquinha de siri, salada mista, maionese e arroz.

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Como chegar

Antonina fica a 90 quilômetros de Curitiba e para chegar aqui há várias opções. De carro, você passará pela Estrada Graciosa, uma das mais bonitas do Paraná. São 33 quilômetros na Serra do Mar com uma vista fantástica. Pelo caminho, 149 curvas, cachoeiras e um caminho de hortênsias.

De trem, você pode viajar de Curitiba até Morretes e daqui ir de táxi, van ou de ônibus. A viagem é bem rápida, dura cerca de 20 minutos.

De ônibus, quem faz o trajeto partindo da capital paranaense é a Viação Graciosa.

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Sobre o Autor

<a href="https://www.penaestrada.blog.br/author/altier/" target="_self">Altier Moulin</a>

Altier Moulin

Sou jornalista, capixaba e apaixonado pelo universo viajante. Sempre gostei de contar histórias e de extrair do cotidiano um valor que muitos não percebem. Quando criança, sonhava em viajar pelo mundo e, já adulto, isso virou um propósito de vida.

comentários

6 Comentários

  1. José Martins

    Em antonina existe um rio que passa no centro da cidade que se pode tomar banho e pescar.verdade ou fantasia.

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    • Altier Moulin

      Oi, José.
      Fantasia. Esse rio não existe.
      Talvez você esteja confundindo com o rio de Morretes.
      Um abraço.

      Responder
  2. Elaine Nunes Wzorek

    Curto muito seu conteúdo, sempre uso o blog para consultar informações sobre as minhas viagens!

    Parabéns!

    Só queria dar um toque sobre o termo “sambaquis”. No texto, você diz que sambaquis é o nome de um grupo indígena, quando na verdade a palavra se refere a um tipo de sítio arqueológico do nosso litoral. Sambaquis, em tupi, quer dizer “monte de conchas” e são o nome dado aos grandes depósitos de conchas e restos de peixes que se formaram ao longo do nosso litoral, e representam sinais de habitantes muito antigos, logo depois dos caçadores e coletores.

    Muitas universidades estudam os sambaquis para definir os hábitos dos nossos antepassados por essas terras. Pesquisando você vai encontrar bastante informações sobre o assunto!

    Abraços,
    Elaine

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    • Altier Moulin

      Obrigado, Elaine.
      Correção feita.
      Um abraço!

      Responder
  3. Simone

    Olá,
    Gostaria de ir no próximo mês para Curitiba e pretendo ir até Morretes de trem,achei interessante dar uma esticadinha até Antonina. Vc sabe o valor das Vans até lá?E pra voltar pra Curitiba como devo fazer?

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    • Altier Moulin

      Oi, Simone.
      Você pode se informar com a agência Special Paraná.
      Eles organizam tudo.
      Um abraço.

      Responder

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