A encantadora Pirenópolis fica a 128 quilômetros de Goiânia. Tombada como Patrimônio Histórico Nacional e consagrada como pólo turístico regional, a cidade é, com seus casarões seculares e ruas de pedra, um e retrato vivo da história goiana e do Brasil.
Cercada por uma natureza exuberante, Piri – como é chamada carinhosamente – tem muitas surpresas escondidas: cachoeiras, reservas ecológicas, parques e mirantes são algumas delas.
Mas, claro, eu não vou contar todas para não estragar a festa.
Por falar nisso, a comida é boa e as festas folclóricas tradicionais movimentam intensamente a cena cultural da cidade.
Festas e folclore
Pirenópolis mantém viva a Cavalhada, festa herdada dos portugueses que gira em torno da representação dramática de uma batalha entre mouros e cristãos.
Em três dias de festejo, a Cavalhada reúne centenas de mascarados que invadem as ruas de Piri para brincar e agitar a cidade.

O mascarado típico de Pirenópolis usa a máscara de boi ou de onça, e a festa é considerada uma das mais belas e expressivas do Brasil.
Quando estive na cidade, acontecia a Cavalhada Mirim, quando as crianças se fantasiam e saem às ruas para brincar.

Já a Festa do Divino Espírito Santo é um festejo religioso que dura doze dias. Ela também tem origem portuguesa, é reconhecida como Patrimônio Cultural Brasileiro e tem como símbolos o Imperador do Divino, a Coroa, o Cetro e as Bandeiras.
A Cavalhada e Festa do Divino acontecem durante as festividades de Pentecostes, 50 dias depois da Páscoa, e reúnem diversas outras manifestações, como congadas, reinados, juizados, folias, queima de fogos, pastorinhas, missas e a Novena do Divino, com seus cânticos em Latim.
Ufa! É muito coisa interessante em um só lugar, não é?
Um pé na natureza
Além de toda essa manifestação cultural incrível, Piri tem um pé na natureza – um, não, os dois.
E, explorar um pouco da natureza que cerca a cidade, uma boa ideia é começar pela Fazenda Vagafogo.
Ela é uma das primeiras Reservas Particulares do Patrimônio Natural criadas no Brasil e a primeira de Goiás. A fazenda tem 46 hectares e é formada por cerrado, cerradão e mata ciliar, e cortada pelo Rio Vagafogo que dá nome à reserva.
Transformada em uma estância de educação ambiental e agroturismo, a fazenda produz mais de 70 deliciosos produtos ali mesmo: o brunch é sensacional e você não pode perder.
Onde ficar em Pirenópolis
Pirenópolis não é grande, mas para aproveitar o melhor da cidade, eu sugiro ficar no Centro ou o mais perto possível.
Essa é a parte mais antiga da cidade e onde estão os melhores restaurantes, as lojinhas de artesanato, os prédios históricos e serviços como bancos e outros que a gente sempre precisa durante uma viagem.
Além disso, há outro segredo: no Centro, há uma área específica onde tudo acontece.
Conhecida como Rua do Lazer de Piri, essa parte da Rua do Rosário é o lugar onde há mais movimento durante o dia e à noite.
É como se fosse o centro do Centro, entendeu?
É um lugar ótimo para turistas, mas não é a parte mais tranquila para se hospedar em Pirenópolis. Então, ficar algumas ruas de distância é o ideal.
Para escolher o melhor lugar, é bom dar uma olhada nas minhas dicas de onde ficar em Pirenópolis. Agora, aproveite para ver outras dicas de Goiás.
Excelente matéria, Altier. Estou morando faz 2 anos em Caldas Novas e ainda não tive oportunidade de ir até Pirenópolis. Já ouvi falar muito bem, mas depois de ler esse conteúdo me aguçou ainda mais.
Abraço.
Vá mesmo, Meik.
É muito agradável.
Um abraço.