Estou no último dia de minha viagem pelo sul da África. Depois de atravessar o Rio Zambeze, chego à Zâmbia, terceiro e último país desta jornada, para fazer um passeio por Victoria Falls. Elas estão entre as maiores quedas-d’água do mundo e podem ser observadas a partir de Livingstone, ou da pequena cidade de Victoria Falls, que fica no Zimbábue. Nesta época do ano, como a água é farta, não há muita diferença no visual de um lado para o outro, mas há quem garanta que o lado zâmbio tem sempre a melhor vista.
Num paredão de rocha, com pouco mais de 2.700 metros de comprimento, formam-se as maiores cataratas do mundo em extensão. Com 1.688 metros de comprimento e uma altura de 128 metros, as Victoria Falls foram reconhecidas como Patrimônio Mundial da Humanidade pela Unesco, em 1989.
O primeiro europeu a chegar nestas gigantescas quedas-d’água foi o escocês David Livingstone, em 1885. Antes disso, os habitantes originais desta terra as chamavam de Mosi-oa-Tunya, que significa fumaça que troveja, uma alusão ao seu intenso barulho e à incessante névoa que se forma a partir de suas quedas.
O parque ecológico onde estão as cataratas oferece uma boa estrutura aos turistas. Mas o desafio de conhecer Victoria Falls é realmente a quantidade de água que elas espargem ao seu redor.
Ao ler os relatos de outros viajantes que fizeram este mesmo roteiro, imaginei que se tratava de uma pequena garoa. Ou seja, uma chuva fina com gotículas pequenas que seriam até bem-vindas no calor africano. Engano meu. A sensação que tenho, ao caminhar pela mata que cerca as cataratas, é de que estou sob uma forte e constante tempestade.
Bastam alguns minutos para eu ficar totalmente encharcado – da cabeça aos pés –. E, também assim ficariam a máquina fotográfica, o celular e tudo mais que estivesse desprotegido. Por isso, a melhor opção é levar uma câmera à prova d’água e uma bolsa estanque para colocar tudo dentro.
O passeio dura cerca de meia hora e, pelo que vi, é impossível resistir a muito mais do que isso. Foram trinta minutos de felicidade à beira de um dos mais imponentes monumentos naturais do planeta, mas há sim o inconveniente de ficar molhado e, pior, de enxergar poucos metros à frente. Então, se você está preparando um roteiro por essas bandas e vai fazer um passeio por Victoria Falls, é bom vir prevenido.
Programe seu passeio por Victoria Falls
Quanto custa | A entrada no Parque Nacional Mosi-oa-Tunya, onde ficam as Victoria Falls custa USD 10. A moeda zambiana é o kwacha, identificada pelo símbolo ZMW. Hotéis, restaurantes e muitos outros estabelecimentos não utilizam o câmbio oficial. E, além disso, muitos deles elevam a taxa de troca da moeda ao seu próprio gosto. Portanto, prefira os caixas eletrônicos ou as lojas especializadas.
Quanto ir | A melhor época para conhecer Victoria Falls é na estação seca, entre abril e outubro. Nesse período, o volume de água é bem menor e você poderá ter uma vista melhor de tudo por aqui. Além disso, não vai se molhar tanto como eu. Nessa época, também pode ser possível nadar na Devil’s Pool, uma piscina natural que fica no topo das cataratas.
Como chegar | As preciosas quedas podem ser vistas de Livingstone, na Zâmbia. Do centro da cidade até aqui, é preciso dirigir pela rodovia Mosi-oa-Tunya por cerca de onze quilômetros. Pouco antes da fronteira com o Zimbábue, há uma entrada à direita que leva a uma área de estacionamento. A entrada para as trilhas ao redor das cataratas estão acessíveis a partir deste ponto. No Zimbábue, a cidade de Victoria Falls é o principal destino para quem quer ver a grandiosidade das cataratas.
Quem leva | Eu contratei os serviços da Acacia Africa, empresa especializada em passeios por Victoria Falls e paguei USD 880 por seis dias de viagem, incluindo guia, transporte, hospedagem e alimentação. Eles oferecem vários roteiros e aqui você encontra todas as opções e preços.
Visto | Brasileiros precisam de visto para entrar na Zâmbia, entretanto o processo é simples e pode ser feito pela internet. Veja como solicitar o visto para a Zâmbia.
Olá, tudo bem?
Estou indo para África e gostaria de saber um pouco mais sobre esse roteiro? Você fez Kruger e Victoria? Sabe me dizer se as empresas tem o mesmo padrão?
Obrigada!
Oi Isa,
Os detalhes do meu roteiro estão aqui: https://www.penaestrada.blog.br/viajar-pelo-sul-da-africa/
Um abraço.