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Cruzando a fronteira com Botsuana: safári no sul da África

Atualizado em 8 de janeiro de 2024 – POR ALTIER MOULIN

Cruzando a fronteira com Botsuana

Depois de desmontar a barraca, tomar café e colocar todos os equipamentos no truck, era hora seguir viagem em direção à fronteira com Botsuana.

Mas, como nem tudo sai como planejamos, depois de meia-hora de estrada, nosso ônibus-caminhão parou por causa de um problema mecânico.

Sem nem uma grande árvore para nos acalentar na beira da estrada, o jeito é tentar manter o clima compartilhando histórias com os outros viajantes. Mas ainda bem que o problema foi logo resolvido e, então, voltamos à nossa rota.

Uma parada estratégica em São Petersburgo serviu para a gente renovar o estoque para os próximos dias e, logo depois, paramos para almoçar.

Debaixo de um frondoso Boabá, Robinson, o guia da expedição, preparou o almoço. O dia seria praticamente de deslocamento e, portanto, passaríamos a maior parte do tempo dentro do truck.

Cruzando a fronteira com Botsuana

Cruzei a fronteira com Botsuana já no final da tarde.

Brasileiros não precisam de visto para entrar no país, por isso o processo é rápido e sem muita burocracia. Frutas, verduras e carnes cruas podem retidas na alfândega. Então, todos temos que esconder nossas guloseimas até pisarmos o novo país.

Na verdade, esconder esses alimentos foi apenas uma medida preventiva, pois eles não revistaram o carro nem chegam perto.

Terra preservada

Ao contrário de outros países africanos, Botsuana não foi completamente explorado pelos colonizadores britânicos, mas protegido pela Inglaterra com o mínimo de interferência na cultura e no estilo de vida dos primeiros habitantes.

Em 1966, o país se tornou independente e, naquela época, era um dos mais pobres do mundo. Foi quando se descobriu aqui a primeira jazida de diamante.

O diamante de Botsuana tem alto valor no mercado internacional por duas razões: sua elevada qualidade e o modo de extração, que não agride severamente o meio ambiente nem sustenta a guerra civil, como acontece em Serra Leoa.

Hoje, Botsuana é um dos países que mais crescem no continente africano.

Ambientalmente preservado, Botsuana tem a maior concentração de elefantes africanos do mundo. Por isso, é comum ver esses animais nas margens das rodovias.

O país possui, na verdade, uma grande quantidade de animais selvagens, além de uma boa infraestrutura nos parques nacionais, o que proporciona o desenvolvimento da atividade turística. Um fato curioso aqui é que essas áreas ambientais não são cercadas, ou seja, os animais pode andar livremente por todo o território do país.

Uma forte estratégia das autoridades de Botsuana é incentivar o turismo sustentável, justamente para não atrair um número maior de turistas do que suas áreas protegidas podem suportar.

Talvez seja por isso que países como Quênia, Tanzânia e África do Sul sejam os mais escolhidos por turistas brasileiros, enquanto Botsuana se mantém como um segredo relativamente bem escondido da África.

Seguimos mais um pouco até o nosso acampamento. O Kwa no Keng é bem equipado, mas a energia elétrica só é ligada depois das 18h, assim como no Nkwathle Bush Camp, no Kruger National Park, na África do Sul.

Na manhã seguinte, tenho que repetir todo aquele ritual de desmontar a barraca e colocar tudo no caminhão para seguir viagem. A nossa próxima parada para compras é em Francistown, a três horas de viagem. Todos parecemos cansados. O sol nos castiga, mas nem por isso estamos menos empolgados.

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